Identidade Assumida

Seu nome é Brendan Buchanan. Mas também pode ser John Block, Richard Davis, Paul Higgins, Andrew Macintosh, Henry Davenport, Walter Newton, Peter Lang... Fanático por suas identidades assumidas, o protagonista inventa uma história detalhada para cada personagem, dando a cada um deles uma personalidade distinta. Em uma missão chegou a assumir seis nomes num só dia. Em oito anos de trabalho como agente secreto da Divisão de Operações Especiais do Exército já incorporou cerca de 200 personalidades diferentes.



Sua atual tarefa é se infiltrar em uma rede de distribuição de cocaína. Só que, no primeiro contato com os traficantes, no México, é casualmente reconhecido por um antigo companheiro de um outro trabalho, três anos atrás. O sujeito insiste em chamá-lo pelo nome que usava na época, despertando a desconfiança de seus contratantes, dois gêmeos mexicanos de alta periculosidade. Têm início, assim, as desventuras de Buchanan-Potter.



Após ser agredido, torturado e quase morto pelos gêmeos e seus guarda-costas, ele acaba por eliminá-los. Gravemente ferido, consegue fugir para Miami, onde assume nova identidade, mas não escapa da perseguição do tenebroso milionário Alistair Drummond. A essa altura, o agente está fragilizado físicamente e bastante perturbado com seus inúmeros eus. Quando seus superiores propõem que ele passe a assumir sua real identidade, Brendan Buchanan já não sabe mais quem é na verdade. Em meio a essa turbulência psicológica, ele recebe um postal de uma antiga colega de trabalho, Juana Mendez, um grande amor com quem quase se casou. É um pedido de socorro. De repente, ele percebe que os dois estão em meio a uma terrível conspiração.



Decide ajudá-la. No meio do caminho, porém, conhece a bela repórter Holly McCoy, com quem também se envolve. Com o coração dividido, ele não deixa de atender ao chamado de Juana e, muitas viagens depois, chega às ruínas maias da Península de Yucatán, onde, finalmente, descobre o verdadeiro enigma por trás da conspiração, a chave da sua missão. Agora, só resta se confrontar com sua verdadeira personalidade. Mas qual?



O tema da múltipla personalidade perseguiu o escritor David Morrell, o criador de Rambo, por muitos anos. Quando era estudante em uma academia de investigação, teve um professor que havia se transmutado em diversas pessoas durante a carreira. Morrell ficou fascinado por essa figura e as implicações de uma vida tão repartida assim. Como é possível uma identidade sobreviver separada de tantas outras? Até que ponto a verdadeira personalidade de alguém é afetada se ele passa a viver várias outras? O que acontece se, de repente, essa pessoa tem de viver a sua vida real? Qual é a realidade? As respostas a essas questões constituem a base deste extraordinário livro.