Ensaio sobre a lucidez

Ensaio sobre a lucidez José Saramago


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Ensaio sobre a lucidez





Numa manhã de votação que parecia como todas as outras, na capital de um país imaginário, os funcionários de uma das seções eleitorais se deparam com uma situação insólita, que mais tarde, durante as apurações, se confirmaria de maneira espantosa. Aquele não seria um pleito como tantos outros, com a tradicional divisão dos votos entre os partidos "da direita", "do centro" e "da esquerda"; o que se verifica é uma opção radical pelo voto em branco. Usando o símbolo máximo da democracia - o voto -, os eleitores parecem questionar profundamente o sistema de sucessão governamental em seu país.

É desse "corte de energia cívica" que fala "Ensaio sobre a Lucidez". Não apenas no título José Saramago remete ao seu "Ensaio Sobre a Cegueira": também na trama ele retoma personagens e situações, revisitando algumas das questões éticas e políticas abordadas naquele romance.

Ao narrar as providências de governo, polícia e imprensa para entender as razões da "epidemia branca" - ações estas que levam rapidamente a um devaneio autoritário -, o autor faz uma alegoria da fragilidade dos rituais democráticos, do sistema político e das instituições que nos governam. O que se propõe não é a substituição da democracia por um sistema alternativo, mas o seu permanente questionamento. É pela via da ficção que José Saramago entrevê uma saída para esse impasse - pois é a potência simbólica da literatura (território em que reflexão, humor, arte e política se entrosam) que se revela capaz de vencer a mediocridade, a ignorância e o medo.

Ficção / Literatura Estrangeira / Romance

Edições (6)

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Resenhas para Ensaio sobre a lucidez (269)

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on 2/7/23


Ensaio sobre a Lúcidez é um tratado de conscientização política. Todo governo tem apenas o poder que o povo lhe dá. Assim, logo no prólogo, a população de um certo país vota em branco... em massa. Saramago descreve a confusão dos políticos, a repressão do que alguns considerariam como um ato terrorista contra a democracia e a possibilidade de uma influência internacional (um vago aceno a Revolução Francesa e outros levantes que ainda assombram a Europa). O que mais chama a ... leia mais

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Alê | @alexandrejjr
editou em:
31/07/2023 04:35:03

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