O Pó Do Caminho

O Pó Do Caminho Felipe Fleury


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O Pó Do Caminho





Felipe Fleury denuncia a modernidade, seu olhar percorre e analise os comportamentos contemporâneos, principalmente focando na questão da pressa como companheira temida, mas constante do ser humano.
Esta tendência a agilidade, faz com que os objetivos e percepções humanas concentrem-se apenas na resolução de problemas pragmáticos, ocasionando assim, um estado inebriado, que impossibilita o desenvolvimento da sensibilidade do homem.
Assim sendo, em poemas como “O menino e os Limões” vê-se que um pequeno ser franzino, um menino, está sofrendo as mazelas da fome, e, para remediar sua situação precária dedica-se a atividade de malabarista, segurando limões. A plateia que o olha o percebe, “mas não o encara”, pois estão mergulhados no “Whatsapp”.
Em “O Voo da Graúna” o autor fala de grandes contrastes, metaforizados em “era um pé negro / Em solo branco, / Mas naquele momento / Não havia contraste”, no entanto, novamente o fantasma da pressa surge, retirando com sua presença a intelectualidade humana e o olhar sensível, daqueles que estão afogados nas suas preocupações individuais, “uma sombra que só se via de relance amaldiçoando a pressa”.
Felipe atinge o centro das necessidades deste homem quando afirma “o homem tem fome”, não uma fome ocasional, mas é a ânsia gritante da alma humana que está limitada, em todas as direções pelo vácuo, pela solidão que reflete devastação interior, nesta situação complicada, a fome é dilacerante ao ponto de “as palavras pedirem comida”.

Poemas, poesias

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