Teresa de Lisieux morre em 30 de setembro de 1897. Nove meses depois, publica-se História de uma alma, cujo sucesso será imediato em todo o mundo. Ora, quando, cinqüenta anos depois, os historiadores têm acesso aos manuscritos da Santa, ficarão surpresos ao descobrir diferenças enormes entre os textos autógrafos e História de uma alma.
Diante disso, J-F Six propõe aqui a evocação do que se poderia chamar uma falsificação perpetrada por madre Inês, priora do Carmelo e irmã de sangue de Teresa. Ela corrigiu, completou, travestiu o texto. Ao fazer isso, Six conta aos leitores os últimos meses de vida de Teresa e narra a autêntica mensagem espiritual da pequena via, destacando a modernidade de suas intuições e sua novidade para a história da mística.
Este trabalho configura o testamento espiritual de Teresa. Para tanto, J-F. Six busca apoio nos textos autógrafos, o que o leva a esboçar uma imagem de força, de vida, de bom humor, no centro da noite espiritual que ela viveu em seus últimos tempos, noite via de regra negada ou minimizada.
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