Tudo que eu via era aquele corpo. Quando acordei, a névoa adensando-se sobre minha consciência sôfrega e atordoada, na casa de lambris frios se revolvendo nas sombras, a luz magnética e metálica da noite fria assenhoreando-se pelas brechas nas paredes enrugadas, frestas de portas e janelas embaçadas que tinham neve acumulando-se no seu parapeito, a visão deformava-se nas sombras sob a luz âmbar do cômodo.
Contos