No momento em que o Estado-nacional moderno se mostra cada vez menos capaz de organizar a vida em comunidade e de proteger o cidadão dos fenômenos de uma vida globalizada, Zygmunt Bauman se volta para a Europa como uma idéia, um processo.
Para o renomado sociólogo polonês, a missão do velho continente se torna, como nunca, oferecer ao mundo uma experiência de superação da realidade violenta (hobbesiana), uma nova referência de vida em comunidade para além do Estado-nacional, depois de séculos de guerras e "vidas desperdiçadas".
Com o seu usual brilhantismo, Bauman convida para o diálogo outras vozes analíticas – como mestres em literatura, história e filosofia –, e mostra as atuais perspectivas da luta de um continente por unidade, razão e consciência ética num mundo cada vez mais fragmentado.
Europa, cuja reflexão se torna ainda mais atual após os recentes e violentos protestos de migrantes e filhos de migrantes que se disseminaram por toda a França, é uma leitura indispensável a todos que desejam compreender um pouco mais sobre a essência do ser europeu e sobre as várias identidades que ali convivem.