O livro Minha Vida de Menina, de Helena Morley, pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant, tem uma gênese peculiar. Ele teria sido composto de várias passagens do diário de uma adolescente escrito entre os anos de 1893 e 1895, quando ela tinha de 13 a 15 anos de idade. Depois de muitas décadas guardados e esquecidos, os escritos foram reunidos e selecionados pela autora e publicados em 1942, para mostrar “às meninas de hoje a diferença entre a vida atual e a existência simples que levávamos naquela época”.
Há quem possa duvidar da autenticidade dos manuscritos. Não é de todo impossível que o diário tenha sido escrito muitos anos depois da época retratada, ou ainda não é inadmissível que tenha sido dado algum trato literário de proposital despojamento aos escritos da menina, pelas mãos de escritores modernistas mineiros. Unicamente a revelação pública dos manuscritos poderia deslindar o mistério
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