O tal do repórter parecia um carro-de-boi no atoleiro:
"O senhor matou? Matou ou não matou? O senhor matou?"
Nenhuma panela mais nos armários. Roupas arrancadas do baú. Móveis e a cama de pernas para o ar. Os homens quebravam tudo, em algum lugar o corpo estaria. Viram o poço no fundo do quintal, correram até lá. "Vai ver está ali, afogada". Ananias enxugava as lágrimas nos pêlos da mão e futucava os debtes com um palito de fósforos.
Contos / Literatura Brasileira