É a grande tragédia mexicana que está presente por inteiro na obra de Juan Rulfo, num painel rico de esboços de arquétipos novos para a nossa perspectiva, em que ainda predomina a tradição ocidental num continente efetivamente mestiço de cultura.
Os olhos cansados e observadores do escritor mexicano Juan Rulfo, falecido em 1986, queimaram as poucas plantas e o chão árido daquele planalto esquecido e poeirento onde pululavam fomes, tragédias e guerras. Nos 15 contos do volume O Planalto em Chamas de 1953, descortinam-se diante do leitor um tropel de senhoras de xales na cabeça e terços de contas entre os dedos com a missão de canonizar um santeiro que nunca foi santo; de agricultores com enxadas nos ombros à procura de uma terra...
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