Fundamentação da Metafísica dos Costumes

Fundamentação da Metafísica dos Costumes Immanuel Kant


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Fundamentação da Metafísica dos Costumes





Publicado em 1785, “Fundamentação da Metafísica dos Costumes” – que a Editora Barcarolla e a Discurso Editorial (apresentam ao leitor brasileiro em edição bilíngue, com nova e cuidadosa tradução de Guido Antônio de Almeida – é uma das obras mais influentes da história da filosofia moral. Nela, Immanuel Kant afirma a necessidade de uma filosofia moral pura, livre de todo resíduo de empirismo, além de investigar e determinar o princípio supremo da moral, que subjaz implicitamente a todo juízo moral particular.

Kant distingue uma filosofia formal e uma filosofia material: a primeira é a lógica, que trata das formas da intelecção e das regras do pensamento; a segunda compreende a física e a ética, que estudam, respectivamente, as leis da natureza e as leis da liberdade. Ele distingue ainda uma filosofia empírica, baseada na experiência, e uma filosofia pura, que repousa sobre princípios a priori. Se esta é simplesmente formal, é chamada de lógica; se é restrita a objetos determinados do entendimento, toma o nome de metafísica. Existe uma metafísica da natureza e uma metafísica dos costumes.

Em toda filosofia, é útil separar o empírico do racional. Toda lei moral tem um caráter de necessidade absoluta e universal, cuja explicação não deve ser buscada na experiência, mas unicamente nos conceitos da razão pura. A metafísica dos costumes deve examinar não as ações e as condições da vontade humana em geral, mas a ideia e os princípios de uma vontade pura possível.

“Fundamentação da Metafísica dos Costumes” trata das bases do discurso moral, um discurso coerente e válido para todos os seres dotados de razão. Não se trata de uma moral no sentido tradicional do termo, de um sistema de regras de conduta para situações concretas, de prescrições e interdições.

O Livro

A obra está dividida em três partes. A primeira trata da passagem do conhecimento racional comum da moralidade ao conhecimento filosófico, mostrando que a moralidade consiste em agir por dever e que o seu princípio é a possibilidade de universalizar as máximas das ações. A segunda aborda a passagem da sabedoria moral popular à metafísica dos costumes, partindo da noção da vontade como razão prática, com base na qual Kant mostra que o princípio moral é um “imperativo categórico” para a vontade humana, que pode ser formulado de várias maneiras equivalentes. A terceira mostra a passagem da metafísica dos costumes à crítica da razão pura prática, provando que o princípio moral é necessariamente válido para todo sujeito racional enquanto princípio de uma vontade autônoma.

Além da tradução, o filósofo Guido Antônio de Almeida também elaborou uma alentada introdução, as notas e o glossário, fazendo desta edição de “Fundamentação da Metafísica dos Costumes” um precioso aliado para todos os interessados em descobrir a profundidade das análises kantianas.

O tradutor

Guido Antônio de Almeida é doutor em filosofia pela Albert-Ludwigs Universität Freiburg. Atualmente, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, editor da revista “Analytica” e pesquisador do CNPq. Especialista no pensamento kantiano, Almeida traduziu várias obras do filósofo alemão.

Sobre a Discurso Editorial

É uma associação sem fins lucrativos, fundada em 1993 pelos professores do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. Dedica-se a atividades de apoio ao ensino e à pesquisa em filosofia, letras, artes e ciências humanas. Publica diversas obras importantes nessas áreas, além de realizar vários projetos culturais.

Filosofia / Didáticos / Técnico / Educação / Não-ficção

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on 18/11/10


(Texto escrito há 7 anos, em 20.09.04) Quando um filósofo tentou, em vão, justificar racionalmente a existência da moral Em 1785 um homem chamado Immanuel Kant escreveria a Fundamentação da Metafísica dos Costumes. O título "oficialesco" já deixa entrever que seu objetivo filosófico só poderia pretender ser algo definitivo e perene, completo, livre de contradições, conclusivo. Como tudo em sua vida, Kant também argumentava seguindo estritamente pelos caminhos seguros, f... leia mais

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Ana
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05/07/2013 14:56:44

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