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Quem é a mulher a quem chamam de Rainha do Ignoto?
Após formar-se em direito e retornar à sua cidade natal, nos sertões do Ceará, Edmundo depara-se com uma lenda local. Aparentemente, lá pelos lados da serra do Arerê, havia se instalado uma mulher misteriosa. Foram poucas as pessoas que viram sua sombra a navegar pelo rio Jaguaribe, mas suas canções melancólicas e de beleza ímpar podiam ser ouvidas por aqueles sensíveis aos sons da noite.
As lendas contavam a história uma fada encantada, uma bruxa, uma assombração de uma bela moça vestida de branco seguida de perto por um demônio de olhos de fogo. Era a fada encantada da gruta do Arerê, a Funesta, a Rainha do Ignoto.
É o medo que afasta os habitantes da monótona Passagem das Pedras do desconhecido e os mantém firmes aos padrões determinados pela sociedade patriarcal. Contudo, cada vez mais fascinado pelas lendas sobre a figura envolta em mistérios, o doutor Edmundo abandonou a pequena cidade cearense e decidiu infiltrar-se no reino do Ignoto. Lá, descobriu um novo mundo, uma sociedade inacreditável de cientistas, políticas, médicas, engenheiras, professoras, as chamadas Paladinas do Nevoeiro. Era, em verdade, um refúgio da violência, da tristeza, da incompreensão, podendo formar uma nova sociedade mais justa, funcional e pacífica. Será?
Contrastando o real e o fantástico no longínquo século XIX, Emília usou a ficção em sua mais nobre missão: escancarar e questionar os valores de sua época, os costumes patriarcais que tanto limitam as mulheres, a violência doméstica, a escravidão. E assim, ela usa a ficção para especular: e se fosse dado às mulheres os mesmos direitos dos homens? E se não houvesse diferenças entre as pessoas e todas fossem livres para trilhar seus próprios caminhos? E se aqueles que sofrem tivessem o amparo necessário para se erguerem novamente? E se...
Esquecida pelo tempo, A Rainha do Ignoto agora recebe uma nova edição em comemoração aos seus 120 anos de existência, com arte assinada pela artista brasileira Ana Novaes e cotejada com a primeira edição de 1899.