Diferentes dos habitantes da cidade daquele tempo, os estudantes da recém-constituída Academia de Direito de São Paulo dedicavam-se a diversas extravagâncias, inspiradas, sobretudo, pelo bardo inglês Lord Byron. Nesta província quase insípida, no meio de importantes pensadores do século XIX, o jovem Álvares de Azevedo - personalidade literária mais rica da geração Romântica - soube, como ninguém, escrever belos e tristes versos, principalmente abordando os temas Amor e Morte. A busca quase obsessiva por temas mórbidos e sombrios, combinada com um desesperado desejo de amor, é o objeto de estudo deste pequeno ensaio. Quais vivências foram responsáveis pelo sentimento que atraía - e ao mesmo tempo repelia - Maneco para o insondável mundo além-morte? Apenas resultado de uma estética em voga naquele momento ou um real desejo de encontrar a morte? Algumas análises de seus poemas nos guiam na busca de respostas a essas e outras perguntas que envolvem o par romântico mais adorado do ultra-romantismo.