Em 1894, Pierre Louÿs, um dos maiores nomes da literatura francesa do final do século passado, publicava a tradução dos poemas de Bilitis, poetisa grega contemporânea de Safo, precedida de uma biografia. Só um ano antes de sua morte revelava que a obra era de sua autoria, e Bilitis, uma personagem fictícia.
Livro de erotismo ímpar. Louÿs consegue ser sutil sem recair na timidez. Os amores ingênuos nos campos da Panfília, a paixão homossexual por Mnasidika e as orgias cortesãs de Chipre são apresentadas vivamente em descrições cruas ou ricas metáforas, mas com absoluta delicadeza. Um livro, como poucos, delicioso.