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As veias do sul continuam abertas
debates sobre o imperialismo de nosso tempo
Emiliano LópezPDF - As veias do sul continuam abertas
Para onde quer que olhemos no Sul Global, encontramos situações que requerem explicações globais. A apropriação de bens comuns na África e na América Latina, a expansão das fábricas têxteis em condições sub-humanas de trabalho na Ásia, o domínio da produção dos países do Sul da Europa e Norte da África por empresas radicadas na Alemanha e na França; a dominação do Estado de Israel sobre a Palestina; as incontáveis intervenções militares no Oriente Médio; a imposição do american way of life pela indústria cultural estadunidense; são todas elas expressões de que o capitalismo global é um sistema gerador de desigualdade entre países e regiões. Essa desigualdade não é uma abstração: ela é vivida nos corpos dos oprimidos e oprimidas do Sul.
Neste livro, afirmamos que a categoria mais adequada para entender essa desigualdade global é o imperialismo. Devemos nos apropriar do legado teórico em que enraíza essa categoria desde Karl Marx, Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Vladimir I. Lenin, entre outros. No entanto, se tais formulações são imprescindíveis para compreendermos nossa realidade, elas não são suficientes. Nesse sentido, o que propomos neste livro é a necessidade urgente de voltar a dar conteúdo a esse conceito, atualizado para o nosso tempo e para as nossas lutas. Buscar o diálogo e o debate coletivo e construir uma nova leitura acerca do imperialismo de nosso tempo; compreender sua dinâmica de operação e as possibilidades de hegemonias alternativas que permitem reeditar o compromisso com a libertação de nossos povos a partir do Sul Global.
As veias continuam abertas: debates sobre o imperialismo de nosso tempo é uma seleção de artigos de autores consagrados no debate sobre o imperialismo contemporâneo, como Utsa Patnaik, Prahat Patnaik, John Smith, E. Ahmet Tonak, Gabriel Merino e Atílio Boron, com o objetivo de contribuir para a compreensão e para a transformação da realidade social.
As veias do sul continuam abertas
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