Desde dois pontos de partida que aprendemos com Freud – a teoria das pulsões e a produção do desejo –, há que se pensar o que são para nós o Belo, o Feio, o Sublime, mas também o Grotesco e, especialmente, o Horror. Nós psicanalistas os escrevemos com maiúsculas para destacá-los enquanto questões, e não para inscrevê-los como essências. Nestes tempos pós- modernos, em que se experimenta cortar e eliminar imediatamente o que não é aprazível para as normas vigentes, temos de nos situar também diante do que é instável e desprazeroso, Ao lado da claridade do prazer e do Belo das aparências, rodeiam-nos, incessantemente, as sombras que constituem o mal-estar dos humanos.
A essa tarefa desagradável, pois...