Carrossel fantasma

Carrossel fantasma Fabrício Valério




PDF - Carrossel fantasma


O eu-lírico dos poemas de Carrossel fantasma roda entre fantasmagorias. Quase querendo ocupar o lugar de narradores, os fantasmas nos revelam, em abismo dialético, algo ofuscantemente real: a experiência estilhaçada de viver em um não-país, lugar-tempo que barra a formação de qualquer sujeito. Experiência que o poeta, com coragem, pega com as mãos – ou melhor, com as palavras – enquanto constrói um eu-lírico que vagueia em ambientes que negam a própria ética lírica: é impossível, para ele, a fusão completa de si com o mundo. [...] A divisão entre o poeta e seu eu-lírico elabora um jogo formal interessante.[...] Oferece veredas que levam para o sentimento, para o humor, para o prosaico. [...] O poeta, assim como seu eu-lírico, tornam-se inscientes frente a força da mercadoria, a qual caminha com vida própria e transforma em carne-moída até quem, mesmo não sendo nada, tem nome. Para onde vão estes sujeitos colapsados (nós mesmos), empurrando (até quando) escombros da sociedade que não se formou? Pesos enormes para os ombros de um poeta e seu eu-lírico. Companheiros de fim de mundo, sabem a responsabilidade que carregam, já que ela é transformada em versos, em força estética. [Por Maria Luíza Rangel]





Carrossel fantasma

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