No Brasil, a partir de 1990, programas de coleta seletiva em parceria com catadores organizados têm se popularizado, tornando-se modelo de política pública de resíduos sólidos. Fator fundamental foi o reconhecimento dos catadores como atores centrais de programa de gestão compartilhada. Até então, a coleta de recicláveis esteve restrita a catadores de rua marginalizados. Ao se inverter esta lógica, os catadores passaram a integrar, ainda que de forma frágil, o sistema de gerenciamento de resíduos em alguns municípios. A gestão compartilhada entre prefeituras, grupos organizados de catadores e comunidade propricia benefícios socioambientais e financeiros, com redução de custos e geração de trabalho e renda para os catadores.