Construção não é, certamente, um livro-resposta, como se propõem tantos de seus coetâneos; é, ao contrário, um livro-testemunho, cuja indagação, que abre seus labirintos, pode e não pode ser respondida e, portanto, o leitor prestes a se aventurar pelos seus versos deve estar preparada para lidar com a contingência, familiarizando-se ao princípio cambiante de sua própria existência.