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PDF - Dicionário de Mulheres

O Dicionário de Mulheres é, basicamente, obra de consulta. A busca de dados, em suas 800 páginas, permite visualizar os diferentes estágios e as condições adversas em que ocorreram as conquistas dos direitos femininos. Pode-se notar, por exemplo, que as poucas mulheres alfabetizadas em séculos anteriores, o foram por professora particular, no recinto da família. Seguiram-se as “aulas” de professoras que ensinavam em sua residência. A Escola Normal, com o uso do método Lancaster, de alfabetização em grupo, data do século XIX. Depois vieram as Faculdades – inicialmente vedadas à mulher – e, no século passado, os Mestrados, os Doutorados e Pós-Doutorados, avidamente frequentados pelo elemento feminino, em busca de sua realização pessoal. Hoje em dia ainda se persegue a igual remuneração para ambos os sexos, quando no desempenho de igual atividade profissional.

No Dicionário em foco podem ser encontrados desde nomes de escritoras que se iniciam nas letras, como o de mulheres notáveis, que batalharam pelas sucessivas conquistas femininas. Exemplificando: Nísia Floresta traduziu, em 1832, a obra da feminista de Wollstonecraft, Direitos das mulheres e injustiças dos homens. Ana de Barandas, primeira novelista do Brasil, em O ramalhete, denunciou os efeitos desastrosos da longa Guerra civil dos Farrapos (1835-45) sobre a mulher e a sociedade. Luciana de Abreu, criança abandonada da Roda dos Expostos, tornou-se educadora exemplar e exímia oradora da Sociedade Partenon Literário que por quase três décadas congregou a intelectualidade brasileira, na segunda metade oitocentista do Brasil.
Estes, e muitos outros nomes de expressão na história das conquistas femininas no Brasil, podem ser buscados no Dicionário de Mulheres, ora em segunda edição ampliada. Contatos com a autora: yflores@terra.com.br