Este trabalho analisa as tradições culinárias existentes em famílias descendentes de alemães. Através da comida, percebemos como foi construída a identidade étnica, pois, se hoje a comida possui determinada função, veicula determinados sentimentos, é porque existe todo um processo histórico que os justificam.
Apresentamos a alimentação cotidiana, do dia da semana e do final de semana, e as tradições culinárias preparadas e consumidas em ocasiões especiais, como no Páscoa e no Natal. Identificamos quais estavam presentes entre os alemães da primeira metade do século XX e analisamos o significado de sua presença, as adaptações e modificações realizadas e a influência dos contatos culturais, que se reflete na alimentação destes descendentes de alemães.
Compreendemos sentimentos e significados enraizados, vestígios oriundos de acontecimentos marcantes, que desencadearam processos de tentativa de preservação do grupo por meio de manifestações étnicas, resgatando ou reafirmando um identidade através da memória.