Do que a gente fala quando fala de Anne Frank

Do que a gente fala quando fala de Anne Frank Anne Frank




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Os oito relatos reunidos neste livro renovam temática e estilisticamente o panorama da narrativa curta produzida nos Estados Unidos. Nascido em 1970, Nathan Englander parece pertencer a um novo capítulo da literatura produzida
por autores de ascendência judaica daquele país.

Diferentemente dos personagens de Saul Bellow e Philip Roth, que se faziam americanos a despeito das origens europeias ainda recentes, os tipos criados por Englander habitam outro momento da psique judaica norte-americana: nativos de terceira ou quarta geração já não se constrangem em retornar às origens — moram em bairros e condados exclusivamente
habitados por judeus religiosos, relacionam-se apenas com outros judeus, enxergam o mundo gentio com desconfiança e algum temor, permanecem fiéis ao Estado de Israel.

Há muita paranoia nessas histórias: teme-se um novo Holocausto, há a desconfiança de que o velho frequentador do
acampamento de férias possa na verdade ter sido um algoz nazista, subsiste o temor de um aniquilamento global a partir da destruição de Israel.

Temas pesados, mas que na mão leve e inteligente do autor tornam-se enredos de algumas das mais deliciosas histórias da prosa contemporânea. Tudo com um humor anárquico e uma leveza típica dos filmes de Woody Allen. E vai além, pois
Englander é um desses prodigiosos contadores de histórias.

Isso tudo já é bastante explícito no conto que empresta o título ao volume. O leitor perceberá que se trata de uma paródia de uma famosa narrativa de Raymond Carver. Mas o sentido irônico do pastiche de Englander não fica apenas no título.

À maneira das secas histórias de Carver, aqui o ritual do encontro etílico entre amigos de classe média é transformado num cômico embate de ideias e crenças.





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