Assim como o folhetim foi um herdeiro exaltado do romantismo, a telenovela é sua legítima sucessora como gênero de ficção popular, ocupando boa parte da programação das emissoras latino-americanas. No Brasil, entre seis e nove diferentes novelas são exibidas ao longo do dia. Todas com o mesmo tema: as aventuras e desventuras de casais apaixonados. Mas por que é preciso falar tanto de amor?
A fim de investigar as afinidades entre amor romântico e consumo, Cristiane Costa faz aqui uma comparação entre dois modelos de ficção de inegável apelo popular: o culebrón mexicano, francamente melodramático, e a novela brasileira, com seu padrão Globo de qualidade e temática modernizante.