Num país indeterminado da África, um governador de traços germânicos e seus aliados (um agente americano, um comerciante português, um político negro demagógico) oprimem a população local, em conluio com uma loura chamada Marlene e um padre branco. Um grupo de resistentes inicia uma revolta e um canto de guerra anuncia a chegada da revolução. Primeiro trabalho de Glauber Rocha no exílio, "O Leão de Sete Cabeças" amplifica a busca de uma linguagem própria ao cinema do Terceiro Mundo. As contraposições de relato e dança, política e mito, colonizador e colonizado, indivíduo e coletividade que o diretor encena e a sobreposição de idiomas nos diálogos, nos cantos e no título original, "Der Leone Have Sept Cabezas", anunciam a recusa de qualquer síntese apaziguadora.