Otto Kadoke é um psiquiatra especializado em prevenção de suicídios. Seu papel é manter vivas as pessoas que têm o desejo de morrer. Ele é um homem de meia-idade, sem filhos, não muito atraente, mas que tem um histórico de sedutor com várias médicas residentes. Embora muito ocupado, Otto não deixa de visitar com regularidade sua mãe idosa e carente, que mora numa casa aos cuidados de duas garotas nepalesas, Rose e June. Um dia, entretanto, o delicado equilíbrio familiar se rompe quando Otto, enquanto está visitando a mãe, abre a porta do banheiro e encontra Rose enrolada em uma toalha. Otto, interpretando mal o episódio, deixa-se levar pelas emoções e pelos sentimentos de amor por ela. Rose, então, resolve pedir demissão, e June faz o mesmo, açulando toda a comunidade nepalesa contra o médico. Enquanto está em busca de uma nova cuidadora, Otto é obrigado a lidar sozinho com a mãe e passa por uma profunda crise pessoal, quando, então, acaba por questionar a própria existência, caindo em uma sequência tragicômica e hilariante de equívocos grotescos.
Como sempre, com seu estilo afiadíssimo e único, Grunberg faz o leitor rir e chorar ao mesmo tempo. E, como sempre, no final, mesmo quando tudo parece perdido, há um lampejo de esperança na trágica e grotesca vida de Kadoke.
“Diferente de qualquer outro livro sobre mães e filhos... uma ode à vida,”
HET PAROOL
“Marcas de nascença é uma homenagem depravada ao laço entre mãe e filho.”
DE STANDAARD
“Este romance é um ponto alto na obra de Grunberg. Seu estilo, baseado no paradoxo, na litania e na repetição, brilha particularmente aqui. E funciona. O livro consegue manter as emoções sob controle e, ao mesmo tempo, leva o leitor a sentir que está fazendo isso, o que torna tudo ainda mais tocante.”
DE GROENE AMSTERDAMMER