"Não sigo nenhum caminho metodológico (na arte não existem dogmas), também não sigo nenhuma ciência especial, embora assim pareça. Meus personagens são Amanda e Tarsa e Lo, Alexandre e Cristina, Zeca do mato, Saviano, Dr. Samorra e Sâni, Eudemônia, Zarka e o Dr. Pereira, um homem e uma mulher, duas mulheres ou dois homens; homossexualidade ou heterossexualidade (o amor é universal), um cãozinho ou um pássaro, um monstrinho personificando a bondade, a pureza e a inteligência, o belo ou o horrendo, fazendo pano de fundo num cenário, jardim, estrela, areia, árvore, chuva, que têm mais valor e é a verdadeira força poética da minha autopenetração, na sua harmonia com o ato sexual ou com um simples beijo. O conteúdo emocional depende sempre dos personagens que crio e embora não seria fazendo compreenderem-me que eu explicaria minha obra, a minha literatura não é espelho de outros valores, mas da minha própria inspiração. Poderia simplificar dizendo, ela não é sem mim e eu não sou sem ela, abraçando outras teorias sobre obra e autor, assim justificaria a existência de Nicoleta e de Adriana. Tolstói quando lhe perguntando sobre o conteúdo do seu livro "Ana Karenina" respondeu que seria necessário reescrever todo o romance para responder. Eu digo que para saberem quem é NICOLETA NINFETA é necessário que leiam o livro." (A autora)