Deitadas no divã, fitando o teto, as pessoas são convidadas a despir-se de seus receios e temores. Ali, tudo pode ser dito sem cerimônias, afinal é um ambiente de confiança.
Somos treinados, para mantermo-nos impassíveis diante dos relatos dos pacientes. Mas eu não estava preparado. Ela me desafiou com uma narrativa erótica, sem poupar os detalhes, o que tornou a visualização tão clara quanto um filme pornográfico passando em uma tela de cinema.
E havia mais, muito mais.
Ela representava a emoção em sua mais pura essência.
Eu era a razão personificada.
Entre nós havia os conceitos, a ética, o sigilo e toda a bagagem pesada que ela carregava.
Não era uma disputa fácil, entre razão e emoção, o que falou mais alto?
Feche a porta do consultório, deite aqui no divã e embarque conosco nessa história!