Best-seller mundial traduzido para mais de trinta idiomas e adaptado para as telas em uma superprodução, O castelo de vidro reúne as memórias da jornalista Jeannette Walls, nome de destaque da imprensa de celebridades de Nova York. Depois de anos escavando a intimidade alheia, aqui ela desnuda um passado no qual teve de lutar para sobreviver à negligência dos pais disfuncionais.
Tão genial quanto genioso, Rex, o pai vivia de acordo com as próprias regras - alteradas por ele mesmo conforme as conveniências e seu nível de embriaguez. Rose Mary, a mãe, pintora e professora, renegava a escola formal por tolher a criatividade infantil. Ao mesmo tempo, expunha os filhos à fome, ao frio e à mais absoluta falta de cuidados, alegando que as adversidades contribuem para o fortalecimento das personalidade.
A autora narra as mais duras experiências de privação, humilhação e exclusão, sem esconder uma ponta de afeto pelas inusitadas justificativas para o desajuste social que Rex e Rose Mary interpretavam como liberdade. Marginais por opção, contraditórios e controvertidos, os Walls são retratados com lirismo, humor e lucidez — mas sem qualquer traço de piedade —, numa narrativa biográfica que mescla absurdo e beleza de uma maneira raramente alcançada nas mais fantasiosas obras de ficção.