A história começa quando um renomado pianista, Ryder, viaja para uma pequena cidade do leste europeu para um concerto e uma conferência. Lá se vê envolvido na briga local entre o violoncelista Christoff e o maestro bêbado Brodsky e em todos os lamentos de gente que não conhece mas que lhe parece íntima, como o carregador de malas e o gerente do hotel. Todos desabafam frustrações e sonhos com Ryder. A viagem de Ryder é labiríntica. Ele não tem agenda, perdeu ou nunca a teve, mas corre atrás de seus compromissos, todos absurdos e inalcançáveis. Vive a percorrer corretores, elevadores, lobbies, entra e sai de carros, numa atmosfera kafkiana, mas com o humor de Groucho Marx e Lewis Carroll. O pianista Ryder é na verdade uma metáfora. Fala do desconsolo daqueles que vivem superficialmente os tormentos alheios e não têm tempo ou não sabem ouvir os próprios desejos. Esta odisséia frustrada, embora divertida, fala de quem vive incomunicável consigo mesmo e com todos os que realmente ama.