Num raro ensaio sobre a arte da escrita, o Marquês de Sade prescrevia aos postulantes que um escritor deve "pintar os homens tais como são". Na vida e na literatura o Marquês foi coerente. Se por um lado passou a vida em prisões, pagando por crimes de licenciosidade, perversões sexuais e violência sexual, por outro lado legou à história uma obra ampla e complexa, testemunha de seu tormento e de qualidade inquestionável. Este "O Marido Complacente" é uma reunião de contos escritos com exímia técnica -- uma característica do Marquês -- e uma amostra fiel de seu universo literário e pessoal.
Contos: "A serpente"; "A gasconada"; "Abençoada simulação"; "O rufião punido"; "O bispo atolado"; "O fantasma"; "Os oradores provençais"; "Vai assim mesmo"; "O marido complacente"; "Aventura incompreensível atestada por toda um província"; "A flor do castanheiro"; "O preceptor filósofo"; "A pudica ou o encontro imprevisto"; "Emília de Tourville ou a crueldade fraterna"; "Augustina de Villeblanche ou o estratagema do amor"; "Faça-se como requerido"; "O presidente ludibriado"; "Telião"; "O corno de si mesmo ou a conciliação inesperada"; "Há lugar para dois"; "O marido castigado"; "O marido padre – Conto provençal"; "A castelã de Longeville ou a mulher vingada"; "Os gatunos".