O melindre nos dentes da besta

O melindre nos dentes da besta Carol Rodrigues




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Mais que a história, a narrativa. O texto de Carol Rodrigues é hipnótico, tem um ritmo intenso e cativa o leitor com a urgência de suas imagens inesperadas. Na voz do prisioneiro, em sua travessia rumo ao exílio, a autora vai tecendo com engenho e habilidade os fios dessa história de crime e castigo e nos guiando pelos labirintos da memória e da linguagem para revelar aos poucos o que se oculta por dentro dos silêncios da ilha. A costura sutil é executada com maestria, remontando ao nascimento das gêmeas Mitra e Varuna, as carrancas com os dentes já prontos, a infância vivida junto com a amiga Ulina, o presságio das paixões avassaladoras e das tragédias que viriam a tomar conta do lugar. Depois da estreia com os contos do premiadíssimo Sem vista para o mar, Carol Rodrigues se afirma de vez com este romance como um nome de peso na literatura nacional, com talento e originalidade.





O melindre nos dentes da besta

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8,0 / 10,0


O encontro de duas histórias: um exilado atormentado e uma ilha de puro realismo fantástico. Assim também se divide o livro em duas partes. Na primeira conhecemos o exilado atormentado, perturbado pela infância incompleta e maturidade mal-sucedida, e sua história narrada em primeira pessoa, quase em fluxo de consciência, mas de uma consciência que olha mas não se abala, de forma que o texto é mais figurativo, sensitivo... do que propriamente uma digressão psicológica. Na segunda parte,...
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