O que terá levado um centro de difusão do budismo – religião que tem a não violência o primeiro de seus preceitos -, com ampla influência sobre gerações de governantes chineses, a se colocar no âmago de uma das mais famosas tradições guerreiras do mundo? É o fulcro das perguntas que ‘O Mosteiro de Shaolin: História, Religião e as Artes Marciais Chinesas’, de Meir Shahar, publicado pela coleção Estudos da editora Perspectiva, procura responder, investigando e esclarecendo questões determinantes da relação focalizada, como sejam: de que forma esses monges lidaram com a contradição entre o pacifismo e a prática marcial? Como as autoridades religiosas budistas e os governantes chineses encararam essas personagens? Que influência tiveram na história, na mentalidade, na tradição e na cultura chinesa as artes marciais criadas e adestradas pelos seus praticantes?