o ano é 1.191. O 143º da nova ordem planetária.
Nesta nova ordem, a morte foi vencida. As pessoas vivem suas vidas enquanto aguardam para transcender à imortalidade em uma rede digital. A promessa é de que todos se tornarão zetas, o auge da evolução humana neste planeta.
Mas Will StarboyEver desconfia que tudo o que lhes contaram a respeito do mundo e da NÓP pode ser uma grande mentira.
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Em tempos recentes vimos as distopias se abrandarem em cismas juvenis de desconfiança a governos e políticos. Este livro parece caminhar na direção contrária dessa brandura que se resolve com atos heroicos no final da jornada.
Temos aqui o retorno aos pesadelos que originaram o gênero distópico, e talvez seu desfecho seja a melhor representação dos novos pesadelos trazidos com o século XXI. A desconfiança aqui não está centrada em um governante específico, mas na própria sociedade humana e as formas com que ela lida - ou tem lidado - com os avanços tecnológicos, quase sempre ao dispor de projetos e ideais totalitários.
Além disso, veremos o confronto com provavelmente o maior medo - e certeza - humana: a morte. Tânatos solapado pela tecnologia e a promessa de enfim a vida eterna. Não mais uma promessa espiritual, mas uma certeza científica.
Nesta narrativa, as distopias voltam aos seus mais sombrios alertas!!!