Uma história, de acordo com o senso comum, seria definível como uma série de acontecimentos gerados por sujeitos usualmente identificados por nomes próprios. Jacques Rancière, entretanto argumenta nesta obra que a recente revolução da ciência histórica quis justamente revogar o primado dos acontecimentos e dos nomes próprios em benefício dos longos períodos e da vida dos anônimos. E foi assim que ela reivindicou ao mesmo tempo seu pertencimento à era da ciência e à era da democracia.