Raziel nunca conseguiu aceitar a sua imortalidade. A luta constante entre os anjos caídos, a solidão que feria a sua alma até sangrar. O amor para ele, era algo distante, enigmático, um sentimento puramente mundano. A ira e a luxúria o contaminavam como uma maldita doença, uma moléstia que se espalhava como fogo, devastando sua dignidade. No fundo, um resquício de fé reluzia em seu interior, mas a cada dia, esse fulgor era chamuscado pelas sombras... pelo breu infindável que regia sua vida. Quando tudo parecia perdido, um encontro inusitado abriu uma janela para o futuro. A amargura em seu coração foi diluída pela emoção. Pela primeira vez, o Nephilim sentiu o seu lado humano sobrepujar a frieza dos anjos perdidos.