O autor revela para o Ocidente as técnicas de controle sexual há muito guardadas em segredo pelos iniciados nos cultos orientais. O tantra vê na repressão dos valores femininos, pela civilização patriarcal, a causa oculta da crise do mundo moderno. Ele afirma que só o culto da feminilidade e de seus valores pode trazer uma verdadeira mudança da sociedade. Trata-se de um livro belíssimo, com ilustrações e fotografias incluindo um caderno inteiramente em cores.
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O que seria exatamente o Tantra? Nascido na Índia há vários milênios, ele nos traz uma visão do mundo, ao mesmo tempo nova e arcaica, exótica e desconcertante, ainda que próxima de nossas mais profundas raízes. Sem ser uma religião, nos faz redescobrir o aspecto sagrado e mágico da vida, do mundo e do sexo.
Segundo o Tantra, o universo nasce da união cósmica dos princípios Macho e Fêmea cuja expressão no plano humano é o amor. Revela também a dimensão oculta e sagrada da união dos sexos, que deixa de ser banal, para tornar-se uma meditação a dois. Ele apaga, assim, a união fictícia entre o sexo e o espiritual. Van Lysebeth recusa uma visão reducionista que limite o Tantra a procedimentos que permitam prolongar e intensificar a experiência erótica. O que não o impede de revelar estas técnicas de controle sexual, que permaneceram secretamente guardadas pelos iniciados e que o autor coloca ao nosso alcance.
O Tantra vê enfim, no abafamento dos valores femininos pela civilização patriarcal, a causa oculta da crise do mundo moderno. Afirma que só o culto da feminilidade e de seus valores pode trazer a verdadeira mudança na sociedade, tão necessária ao ser humano para enfrentar os desafios de nossa "Idade do Ferro".