Em Um Ano de Viagens, Francês Mayes convida os leitores a embarcar com ela e o marido, Ed, num périplo por Espanha, Portugal, França, Ilhas Britânicas, Turquia, Grécia, sul da Itália e norte da África.
As viagens de Frances e Ed não têm qualquer semelhança com os trajetos sugeridos por agentes de turismo. Eles se demoram em pousadas ou casas alugadas, pesquisando a história de cada cidade, país ou lugarejo que visitam. As citações literárias estão por todo o livro. Em Sintra, Portugal, falam sobre os poemas de Byron, que percorreu a região um século antes. Na Sicília, Frances recorda Lampedusa; na Borgonha, Colette; cruzando o Mar Egeu, pensa em Homero. As viagens apresentam o passado sem esquecer as ironias dos tempos atuais. Ed vai de avião da Itália para a Espanha sem documentos. "E isso depois de 11 de setembro...", espanta-se Frances Mayes.
Frances Mayes dedica o livro a pessoas ou fatos pitorescos com que se deparou durante o ano em que recolheu impressões para seu livro. A dedicatória inclui uma família de seis pessoas atravessando a França de carro, uma garotinha fazendo manha aos berros às 11 da noite numa tratoria e o conjunto novo de lingerie amarelo que ficou "secando na banheira do hotel". O bom humor, o anseio de conhecer o mundo e um pouco de si mesmo fazem de Um ano de viagens um passeio imperdível para os leitores.