Ensaio Sobre a Cegueira

Ensaio Sobre a Cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Christyele 08/02/2024

Sensorial
Diria que o Ensaio sobre a cegueira é um livro que, em alguns momentos, te traz reações fisicas! Sim!! Você consegue sentir a leitura e isso é incrível. Nunca li algo nesse estilo e estou encantada com a profundidade de detalhes e com a imersão que o livro proporciona. Ansiosa para ler a segunda parte.
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Karol 06/02/2024

"Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem"
Me lembro que Saramago era um nome que sempre surgia na época de escola e talvez por esse motivo sempre tive uma certa resistência pra ler. Fico feliz por finalmente ter decidido ler por conta própria numa idade em que consigo absorver e apreciar uma obra tão impactante.

A escrita aqui é frenética, sem pausas pra respirar, sem marcações de diálogo, sem muitos detalhes. É incômodo e as vezes confuso, mas é tudo proposital. O mundo foi tomado por uma cegueira branca repentina, nem as autoridades nem os civis sabem como lidar com a situação e é nesse momento que começamos a ver um lado do ser humano que é brutal, mas nos obriga a olhar para nós mesmos e refletir sobre quem somos e sobre como olhamos o próximo.
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Tawane.Sudan 05/02/2024

Será que não somos cegos que veem?
O que não estamos vendo?
O que deixamos de ver?
Que cegueira tem nos roubado a visão?

Existem tantas perguntas que acabam não sendo respondidas.

Esse livro é completamente atemporal, nos mostra a importância de vermos uns aos outros, mas não nossos corpos, nossas roupas, nossa estética, mas sim a nossa alma.

Quando foi que deixamos de ver a alma das pessoas e será que toda a alma é boa? É prestativa? É cuidadosa?

Infelizmente não! Existem almas que mesmo na maior dificuldade existente ainda buscam se aproveitar.

Os olhos da alma são os mais poderosos que podemos ter e à todo momento ignoramos a percepção dele, nos trazendo muito prejuízo.

Meu questionamento tbm fica: o que vc tem visto?
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Erika 02/02/2024

Que difícil
Esse foi o primeiro livro difícil de ler do ano. Pensei em desistir diversas vezes, ficou parado na minha estante por alguns dias e até me irritava as vezes. Esse sentimento foi embora próximo ao final da história, me deixando ansiosa pra terminar logo.
O autor não usa pontuação, creio que dê propósito para dar um senso de urgência e ansiedade, mas que muitas vezes pode te confundir sobre o que é ou não diálogo
Outro ponto é que o mesmo viaja muuuuito em coisas que não são tão relevantes para o andamento da história em si, e toda vez que eu me pegava lendo ele descrevendo coisas em detalhes exagerados, era como se meu cérebro desligasse e ligasse de novo quando a história em si retomava.
Fora todos esses pontos, achei uma história interessante e reflexiva no ponto de vista epidemiológico (memórias de guerra da pandemia) e de critica social
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Francine122 01/02/2024

Obrigada, Saramago
3 são 3... 3 na nota dó... 3 ratos cegos... são cegos 3 ratos... 3 ratos cegos cegos cegos cegos.

São 2, não 3, 3 cegos, 5 e 5 e 7, são 2, são 1e3 que viraram 8...São 3 ratos cegos...Ouvistes ?
missi-dominique 01/02/2024minha estante
A nostalgia, meu Pai amado ?


Francine122 01/02/2024minha estante
KKKKKKKKKKKKKKK muito bom




Raquel S. Ramos 01/02/2024

Terminei a leitura tem alguns minutos e ainda estou tremendo. Talvez eu volte e edite este texto depois, com os nervos mais tranquilos, mas no momento o misto de emoções é muito evidente.
Como eu posso ter amado um livro que me trouxe à tona sentimentos de mais profundo horror? Como um livro que evoca coisas tão ruins pode, ainda assim, ser um excelente livro? Neste meu primeiro contato com Saramago já ficou fácil pra mim entender o Nobel de Literatura. Eu daria todos os prêmios possíveis a esta escrita.
Não é um livro fácil, desde o português de Portugal, passando pela estrutura sem muitas pontuações e pausas, chegando a cenas gráficas e medonhas, tudo deixa essa leitura difícil. Ainda assim, estou grata a mim mesma por ter insistindo nela.
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kafkiana 31/01/2024

Ensaio sobre a cegueira foi o meu primeiro livro de 2024. Não é um livro fácil de se ler, porque além da forma que o Samarago escreve - os diálogos não têm travessão ou aspas - existe uma atmosfera assustadora no livro, ele se passa um ambiente sujo, triste, solitário em alguns momentos e extremamente desumanizador.
Para ser mais fácil de comentar sobre o livro, eu irei dividir ele em três partes. A primeira parte se refere ao início do livro até o memento em que a quarentena começa a ser liderada pelo cego portador de uma arma, a segunda parte começa quando o grupo rouba a comida de todos os cegos até a morte de seu líder e a terceira, obviamente, é o restante do livro até o seu fim.
No início é evidente o estilo Kafkiano presente no livro, logo nas primeiras páginas um senhor que estava em frente a um semáforo esperando o sinal verde para poder seguir seu caminho se encontra em um mar de leite, passando abruptamente a enxergar tudo branco. E é assim que o livro se inicia, retratando o início de uma epidemia de cegueira peculiar que de uma forma inexplicável vai tomando posse de centenas de pessoas.
Depois de atingir a sua primeira vítima, a cegueira vai se espalhando pela cidade até chegar em um médico - um oftalmologista - que avisa ao Governo sobre a epidemia. Com o intuito de conter o número de contaminações o Governo decide pôr todos os cegos em um hospital psiquiátrico abandonado e todos eles vão para a quarentena, vale ressaltar que a mulher do médico não ficou cega, porém mentiu para as autoridades com o intuito de não se separar do marido. Nessa ?primeira parte? já é possível imaginar na desgraça que os contagiados estarão submetidos a viver, pois, o governo avisa que não darão nada mais do que comida para eles viverem ali. E então se sucedem vários acontecimentos que resumindo tudo seriam eles: fome, sujeira, morte, desumanização e mentira.
As autoridades não tinham o interesse realmente de controlar a epidemia, eles queriam exterminar os doentes para que não precisassem lidar com eles, e isso é o que nós fazemos o tempo todo. Eu acredito que essa seja a mensagem principal do livro, além de denunciar o descaso e atrocidades que são cometidos por um órgão que teoricamente serve para assegurar direitos e proteger os cidadãos, esse livro traz consigo uma mensagem para todos os seres humanos.
Nós costumamos ignorar qualquer problema ao nosso redor, até porque encarar ele é bem mais difícil, nos fazemos de cegos para os óbices das pessoas que estão ao nosso redor mesmo que em muitas vezes essas pessoas podem estar passando por uma coisa bem parecida com o que nos faz sofrer, - isso fica evidenciado na ?terceira parte? do livro - somos egoistas e cruéis com os nossos semelhantes assim como o cego da ?segunda parte? do livro é, e esse livro me fez refletir muito sobre empatia e sobre o que é ser um ser humano.
Com toda certeza irei ler esse livro novamente daqui a um tempo, quero ler outras obras do Saramago também!
Nota final: 8/10 ~ tirei alguns pontinhos porque a atmosfera do livro é bem densa, não se trata de um livro de conforto até porque muitas vezes é DESCONFORTÁVEL a leitura de tanta tragédia, talvez isso só confirme o hábito da humanidade de querer fugir ou ignorar experiências incômodas de que eu comentei ali em cima.
Francine122 31/01/2024minha estante
UAU que resenha massa! Eu terminei o livro recentemente também e me encontro no mesmo estado de torpor. O Saramago me prendeu desde o início com os parágrafos sem fim e a falta proposital de pontuações


kafkiana 01/02/2024minha estante
Muito obrigada!!
No início é um ruim ler o livro com a falta de pontuação, mas depois que a gente se acostuma com o estilo da escrita não tem como não ficar preso nesse livro.




yaslendo0 31/01/2024

Não dá pra ensaiar a cegueira
Absolutamente genial, até nos momentos que parecia que ia ser só repetição eu me surpreendi. Não esperei gostar tanto, mas essa clássica distopia realmente vale a pena
Francine122 31/01/2024minha estante
Eu fiquei tão obcecada que fui atrás até do filme




Caroline.Cherubell 31/01/2024

Meu Deus.
Ler Saramago pela primeira vez é um desafio... sua escrita demanda atenção total do leitor, sem contar o peso que a história carrega, provocando desconforto em muitas partes do livro. A exaustão da esposa do médico é tão nítido e bem retratado que passamos a sentir o mesmo.
Enfim, leitura densa e pesada, porém maravilhosa.
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ncrln 30/01/2024

Ai Saramago... Você é demais
Terceira obra do autor que leio, e ainda sim me surpreendo como ele sabe nos envolver.
Comecei a ler ano passado, mas acabei abandonando devido uma ressaca literária, mas retornar pra ele foi uma boa escolha. Cheio de críticas e reflexões - e uma cena bem pesada que me faz passar mal - ele escreve sobre um mundo no qual foi tomado pela "cegueira branca", e a partir daí, tanta coisa acontece que ainda estou tentando digerir.
9/10 ? (só não favoritei pela cena que passei mal)
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mafezitcha 30/01/2024

Ensaio sobre a Cegueira
Que obra prima.

Confesso que ler Saramago foi uma aventura, e de início uma luta. Os calhamaços de texto me assustaram no começo, mas a história é tão bem desenvolvida, a escrita é tão efetiva em ser visual, e o leitor consegue ficar imerso na história de forma magnífica.

Distopia é meu estilo preferido, e com certeza, esse tomou o primeiro lugar dentre meus favoritos. A maioria do tempo, o desconforto será grande, pois, por ser muito visual, você também vive a angústia da história e dos personagens.

Mas se eu posso dar alguma indicação de livro, leiam Ensaio sobre a Cegueira.
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Victor Ignacio 29/01/2024

Livro que faz valorizar as companhias e a importância da confiança, uma distopia que elabora um bom retrato da sociedade
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Carolina.Filth 29/01/2024

É dessa massa que somos feitos, 1/2 indiferença 1/2 ruindade
| É que vocês não sabem, não o podem saber, o que é ter olhos num mundo de cegos, não sou rainha, não, sou simplesmente a que nasceu para ver o horror, vocês sentem-no, eu sinto-o e vejo-o.

| Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.

| Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem.

| O medo cega... são palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegámos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos.

____________________________________________


Uma experiência profunda, completa, mas nem um pouco prazerosa. Não tinha como esperar outros sentimentos diante de um livro feito para ser um reflexo puro da humanidade e (nem tanta) civilidade.

Uma metáfora completa e inteligente sobre o círculo de apatia e alienação que todos nós vivemos.

Eu poderia dissecar esse livros por horas em uma conversa, espero nunca esquecer ele. ??
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laura g 29/01/2024

Um livro necessário
o melhor livro que já li até então.
instigante e grotesco, realismo puro.
o homem social no seu estado mais verdadeiro que é nada acima indecência.
o quão importante é ter olhos que enxergam num mundo branco e não por paz.
sem falar da escrita do saramago, que torna o livro uma experiência ainda mais completa!
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Mora 29/01/2024

Agonizante
Ler esse livro foi uma experiência e tanto. A cada página, uma nova inquietação, uma nova agonia e uma nova reflexão.
Muito louco a visão do autor sobre como seria o mundo se todas as pessoas subitamente parassem de enxergar. Mais louco ainda é perceber que se o mesmo cenário acontecesse na vida real, muito provavelmente esse seria o mundo que enfeetariamos: um verdadeiro caos. Afinal, o ser humano é egoísta por natureza.
Mais uma vez reforço o quão agonizante foi essa leitura. O modo do autor escrever (sem usar travessões para marcar falas, por exemplo), me fez sentir como se eu própria estivesse cega enquanto lia. E a cada minuto que eu ia imaginando o cenário descrito a agonia só aumentava.
É um livro que vale a leitura. Proporciona várias reflexões e te deixa, muitas vezes, com o coração na mão.
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