Ensaio Sobre a Cegueira

Ensaio Sobre a Cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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João 26/02/2024

Distópico
Uma espécie de distopia que nos prende em cada momento.
Apesar da dificuldade de linguagem e de estrutura o livro é ótimo.
O dia a dia dos cegos é impressionante em cada etapa do livro.
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LeoContigli 26/02/2024

Acho que de longe um dos livros mais angustiantes que eu li e vou ler na vida. A maneira como os fatos são narrados, concatenados pela falta quase absoluta de parágrafos e travessões, é assustadora. A comunicação entre os cegos é confusa propositalmente, pois os interlocutores das conversas não sao explícitos a cada frase, fazendo você se sentir como se estivesse cego e desnorteado como eles. As cenas guturais e aterrorizantes que eles passam o sofrimento que é causado uns pelos outros é uma coisa nauseante. Mas é isso que torna o livro sensacional, a capacidade absoluta de escrita do José Saramago e dos debates que se colocam na história, entre personagens sem nome, identificados somente pelas ocupações e características que já tiveram. 10/10 difícil de digerir
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Laura.Clobochar 26/02/2024

Levei anos pra ler esse livro
O título da resenha é aplicado de duas formas: o tempo que levei para finalmente ler esse livro e o tempo que eu levei para terminar o livro.
A história é intrigante desde o início, mas após uns 35% do livro (o que já são muitas páginas a dentro) o livro se torna maçante de ler. Capítulos enormes com pouco acontecimentos, muitas descrições e repetições.
Entendo que o livro é de outra época e essa é uma característica do autor, mas não deixa de ser um ponto ?negativo? para mim.
E para finalizar o fim é um pouco decepcionante. Depois de tudo que se passa com os personagens, principalmente a desumanização, acreditava que teria algo mais tocante para a esperança alcançada.
Maria1524 27/02/2024minha estante
Eu tive a mesma experiência que você, sinceramente esperava bem mais e achei o livro fraco.


Laura.Clobochar 27/02/2024minha estante
Acredito que por ser um clássico, eu fui com a expectativa muito alta




Santiago 26/02/2024

Um livro que faz jus ao nome; um ensaio em sua maior magnitude. Do começo ao fim exploramos a mesma questão: "e se, de repente, ficássemos todos cegos?".

Com seriedade e cuidado na escrita, acompanhamos uma epidemia de cegueira, onde, um por um, as pessoas simplesmente ficam cegas. No começo podemos ver como os que ainda enxergam tratam as pessoas que recém cegaram; como são sujeitadas à condições desumanas e intensa exploração.

Mas, e se toda a população cegasse? Quem ficaria responsável pela ordem? Quem cuidaria dos outros? E, o mais importante, até onde as pessoas estão dispostas a chegar em condições tão extremas assim?

Saramago consegue nos guiar majestosamente por esse mundo traiçoeiro com sua escrita pouco convencional. Eu diria até que seus diálogos sem marcações ajudam nessa experiência específica. Se realmente ficássemos cegos, teríamos que nos adaptar a distinguir os falantes apenas por suas vozes.

Não só na escrita ele mostra sua habilidade, mas também no narrador. Temos uma voz cheia de valores e que mostra julgamento, sempre com um tom sarcástico para mostrar como o orgulho do homem pode ser rapidamente ferido e sua verdadeira face exposta (seja ela boa ou má).

E é nessa exposição do ser humano que o livro trabalha em cima. A cegueira não é apenas a perda de visão, mas sim da própria humanidade; do espírito. As pessoas se cegaram das emoções, dos sentimentos e da razão. Podemos ver, durante todo o livro, a degradação do ser humano, sendo perdida a mente, a empatia e até o próprio corpo.

E isso nos faz pensar: será que não já estamos todos cegos nesse mundo em que vivemos? O livro nos mostra um mundo exagerado, sim, mas completamente fundamentado no nosso próprio. Já vivemos em uma sociedade que se aproveita dos outros. Se descuidar e cair de cabeça nesse caos é possível. Será que já não somos todos assim?

Esse incrível livro é muito impactante mas também muito pesado. Não posso recomendar para os mais fracos de estômago mas, para todos os outros, é uma leitura obrigatória.

E, nas palavras de Saramago, "[...] o instinto serve melhor os animais do que a razão serve o homem."
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Ana 26/02/2024

Transformador
Não é a toa que esse livro é um clássico. Na metade, pensei comigo mesma que nunca mais iria ler outro livro do autor, de tão "nua e crua" a narrativa de alguns trechos - de embrulhar o estômago, de verdade.

Porém, fui me apegando muito ao heroísmo e superação que a personagem da mulher do médico traz. Saramargo faz lermos e pensarmos sobre coisas que sequer podem ser expressadas por palavras.

Como vi alguém dizer, esse livro não é pra todo mundo. Mas foi com certeza uma das minhas melhores leituras! Não dá pra começar e terminar esse livro igual, ele te traz reflexões que são impossíveis de ignorar.
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Lucas Ribeiro 26/02/2024

Simplesmente perturbador!
Devia habitar no imaginativo coletivo a ?responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam??, filosoficamente, o livro é um convite exageradamente perturbador à uma reflexão de como se encaminha a sociedade e em que passo está a compaixão e sensibilidade para com os outros!

Sensacional!
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Júlia Egito 26/02/2024

Mesmo um cego pode enxergar
Genial! Não há outra palavra para descrever esse livro. É tão bem escrito que chega a ser uma experiência horrenda, não de ler, mas de imaginar. Ao leitor, fica a imaginação de como fica um mundo de cegos e, assim, cada um imagina de um jeito. O início da epidemia da cegueira me lembrou um pouco do sentimento da pandemia e acho que por isso foi ainda mais forte sentir os sentimentos dos personagens, porque ,de certa forma, nós também já vivemos uma epidemia de cegueira. E mesmo assim, cegos, podiam alguns enxergar. Porque ver, afinal de contas, vai muito além de ter olhos.
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Isa 26/02/2024

Que escrita?
O livro é perfeito, muito bem escrito.
só depois de ler, pude entender os elogios ao José Saramago, realmente a escrita é perfeita.
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Nessa 25/02/2024

Um livro necessário
Que experiência incrível foi este livro, eu repensei o modo como estou "vendo" as situações, as relações e as pessoas. Simplesmente maravilhoso, uma escrita impecável e um mergulho muito profundo nos sentimentos mais cruéis e intensos do ser humano. Vale muito a leitura. Saio uma pessoa diferente da que iniciou esta leitura.
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Mile46 25/02/2024

É simplesmente uma cegueira?
Não, é para além de uma epidemia de cegueira física, Saramago traz uma crítica social a cegueira que assola a humanidade, podemos relacionar à cegueira religiosa, governamental, política, social. "Somos cegos que vendo, não veem"
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Amanda3913 23/02/2024

É interessante estar bem
A leitura do livro impacta pela real possibilidade de vários dos acontecimentos, com exceção, assim espero, da cegueira contagiosa e sem explicação.

A maldade humana, a perversidade dos homens, a mesquinhez de vários, mas também o sentido de coletividade, de sobrevivência, de humanidade, a tentativa de não se tornarem menos que humanos.. tudo muito plausível.

É uma história difícil pelo conteúdo, mas também o é importante.
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Nany 22/02/2024

Ensaio sobre a cegueira é um livro de tirar o fôlego a todo momento. Em seu enredo, temos um homem que estava dentro de seu veículo, esperando o semáforo abrir. Ele ouviu as buzinas do trânsito, mas, em um dado momento, se vê cego, e o pavor toma conta. Recebe ajuda e procura um oftalmologista junto à sua mulher. O médico diz que não há nada de errado com seus olhos; eles estão perfeitos e o libera, pedindo alguns exames.

Logo, temos a perspectiva do médico, que percebe rapidamente que também está cego. Não é uma cegueira normal, onde tudo é escuro, mas uma cegueira onde se vê tudo branco.

Logo percebe-se que a cegueira é contagiosa. Não se sabe como ocorre a contaminação, mas uma grande massa de pessoas relata perder a visão, e todas são encaminhadas a um manicômio. Não por serem loucas, mas era o único lugar que o governo encontrou para fazer a quarentena dessas pessoas até descobrir como curar, qual o meio de contágio e como tudo se iniciou.


Os cegos são instruídos por algumas regras, não podendo sair, e a comida é deixada do lado de fora para ser buscada. Aos poucos, vamos vendo o caos que se instala dentro deste manicômio, ainda mais quando se percebe que há alguém que pode enxergar no meio deles. Vemos a crueldade humana; mesmo perdendo a visão, o ser humano arranja um meio de ser cruel, vivendo sem "lei", onde os soldados se recusam a entrar ou ter qualquer tipo de contato. Será que haverá esperança?

Ensaio sobre a cegueira possui um enredo cativante, que prende, pois o desenvolvimento é instigante. Há conteúdo pesado, mas nada explícito. Neste momento, chorará de raiva. É um livro para ficar apreensivo, e que escancara a depravação do homem que, sem lei, reina aquele que possui mais poder. Na trama, temos alguns personagens centrais, como o primeiro cego, o médico, a mulher do médico e alguns outros, não ditos nomes, pois de que isso adiantaria? Na história, acompanhamos a angústia daqueles que nada podem ver.

A escrita do livro é diferenciada. José Saramago não usa pontuações tradicionais; não há travessão ou aspas para simular frases. Inicialmente, é confuso, mas vai pegando o ritmo com a leitura. É um método que ele adotou. Um leitor compartilhou comigo sua teoria de que em "O Ensaio sobre a cegueira" teria essa forma de escrita, pois um cego escritor estaria contando a história deste livro. Confesso que gostei muito desta teoria, o que faria muito sentido.

Douglas14 22/02/2024minha estante
Esse livro é muito bom, um dos meus preferidos.


Nany 22/02/2024minha estante
Realmente ele e bom, se tornou um dos meus favoritos também.




Pâmela 21/02/2024

Esse livro me trouxe muitas muitas emoções. Emoções contraditórias, emoções novas, sentimentos estranhos. Me deixou inquieta durante toda a leitura.
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Fernanda Sheila 21/02/2024

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.
Uma cegueira começa a se espalhar entre os humanos e o governo toma decisões drásticas para a tentar controlar.
Aprisiona os primeiros cegos em um manicômio, onde eles terão que reaprender sobre sobrevivência e convivência.
Todas as situações desumanas são vivenciadas no manicômio, desde a fome, a sujeira, a crimes cruéis.
Quando os cegos passam a não receber mais comida ou informação do governo, um incêndio no manicômio os obriga a sair do lugar. Logo ao saírem, percebem que já não há mais ninguém no mundo que enxergue.
A partir daí, terão de reaprender novamente a sobreviver no mundo do lado de fora.
A história acompanha um grupo que tem entre si uma única pessoa que não foi atingida pela cegueira, dessa forma, ela se torna a principal responsável por ajudá-los nessa jornada.

Logo, é perceptível que a história não se trata apenas da cegueira física que acomete os seres humanos, mas a cegueira moral e ética que a humanidade enfrenta. Como se a cegueira física tivesse vindo como um alerta à forma que vivemos. E a questão que fica em aberto é se os humanos realmente entenderam a lição.
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Scappa 21/02/2024

Genialidade
Simplesmente um dos melhores livros que já li. Como pode um autor representar de maneira tão genial, tão viva, o lado animalesco do ser humano.
Com uma premissa simples - e se todos os seres humanos cegassem - Saramago nos leva a uma jornada pela natureza do ser humano, desde suas maiores virtudes até aos demônios enraizados dentro de nós.
Representando toda uma sociedade no microcosmo que é o isolamento na quarentena, vemos vindo à tona os diferentes aspectos que também estão presentes em nosso cotidiano, apenas não tão exaltados.
A escrita com longuíssimos parágrafos e pontuação própria, característica de Saramago, em momento algum torna a leitura mais fluida. Sempre sabemos quem está falando e a quem dirige-se. Gosto como isso torna o livro quase um fluxo de consciência do narrador, figura também bem marcada, não sendo apenas uma entidade distante da história.
Livro genial, gostaria de esquecê-lo para poder ler novamente.
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