Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Tomaz 21/06/2023

Um clássico que precisa ser lido
Um livro pesado, de difícil leitura e com uma história incrível. O ponto de partida da história é uma epidemia de cegueira que acomete a população de uma localidade (o autor não especifica onde), conforme as pessoas vão sendo afetadas o governo toma a medida de colocar-los em quarentena, a partir daí o autor se concentra em narrar a vida dessas pessoas que são enclausurados num manicômio desativado (poético o local). A história prossegue e acompanha o primeiro grupo preso, composto por pessoas comuns e com uma única pessoa que ainda via. Em momento algum o autor tenta explicar as causas ou a possível solução para doença apenas narra as atrocidades que essas pessoas passam a viver e as consequências para a sociedade do mal que lhes tirou a visão. O livro é bem poético e faz uso da condições das pessoas pra mostrar a parte mais cruel do ser humano, tem momentos que é difícil digerir a história, é pesado e cruel(novamente).
De conteúdo o livro é fantástico minha única crítica é a estrutura de escrita, são pouquíssimos parágrafos as vezes tornando-se difícil a compreensão das falas dos personagens. Fora isso vale muito a pena conhecer esse clássico.
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Ana Paula 15/09/2021

Ensaio sobre a Cegueira
"... penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem..."
Tempos sombrios de uma epidemia, incrível como a história nos mostra como a humanidade se torna frágil.
Livro show ??
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Cayo.Fellype 26/04/2023

Não sei o que falar depois de terminar esse livro, apenas refletir. O começo é um pouco difícil de ler por causa dos parágrafos longos e não ter pausas para as falas, mas logo a leitura engata e vc começa a ter reflexões a cada capítulo. Uma ?distopia? bem próxima de nossa realidade.
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Indria 26/05/2020

Gostei
Gostei do livro, não é um dos melhores que já li mas entendi pq é tão famoso, é uma escrita única
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Wagner47 26/10/2022

Não há estrelas no céu branco
Uma população começa a ficar cega, vendo apenas uma luz branca. É uma epidemia? Uma punição divina? Um simples mau olhado?
A medida que a história se desenvolve, isso pouco importará.

Para manter um controle, o Governo resolve isolar os cegos e as pessoas com que tiveram contatos em um antigo manicômio inutilizado. A partir daí, acompanhamos uma nova sociedade a ser formada mediante a novas dificuldades.

Não temos nomes de personagens, pois para cegos pouco importa como se denominam. Temos o médico, o primeiro cego, a rapariga de óculos escuros, o menino com estrabismo... E no meio deles há a mulher do médico, a qual aparentemente é a única que enxerga e que a todo momento se questiona se deve revelar esse seu segredo ou não.

Saramago não romantiza a situação e descreve todo tipo de impureza da humanidade, sejam fisiológicas ou mentais. Os novos cegos tendo que se adaptar é algo que realmente entristece o leitor e acerta em cheio, porém achei repetitivo certas vezes.

Subiu uma raiva imensa no meio do livro, em que a perversidade humana é presente por muito tempo e demoram pra tomar uma ação.

Podemos dizer que o livro se divide em duas partes, a qual vou me abster de falar sobre a segunda de forma mais ampla para não entregar mais da trama, mas adianto que agora com um grupo mais restrito, Saramago continua explorando uma população e como o mundo reagiu à cegueira (porém achei que se estendeu mais do que deveria).

É um livro bem difícil, mas principalmente pela escrita do autor. As únicas pontuações são a vírgula e o ponto final. Com parágrafos que ocupam cerca de quatro páginas, não há interrogações, exclamações ou até mesmo travessões para os diálogos (sendo separados por vírgula e uma letra maiúscula). Um modo de escrita bem original e que pode dar uma assustada ao primeiro contato.

Foi bem impactante e de uma mensagem bem forte, mostrando uma sociedade cega muito antes de perder sua visão.
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Acsa Micaela 07/08/2021

De tirar o fôlego
Raiva, alívio, esperança, agonia... só um pouco do que se sente lendo Ensaio Sobre a Cegueira.
A escrita de Saramago é única, em que livro você fica sem saber os nomes dos personagens até o final??? Nesse.
Leiam!
Estante.Naiara 07/08/2021minha estante
Oii,
Estou na metade do livro e com a mesma sensação. Que incrível! Me arrependo de não ter lido Saramago antes.. surpreendente!
Vc ja assistiu o filme Ensaio sobre a cegueira? É mto bom!


Acsa Micaela 22/08/2021minha estante
Oie. Não assisti, mas quero.
Estava com medo de perder os personagens que eu criei na minha cabeça rs Mas vou assistir sim, já me falaram que é muito bem feito e tem até atriz brasileira.


Alê | @alexandrejjr 23/08/2021minha estante
A adaptação é interessante. A crítica especializada não foi nada generosa na época, mas o Saramago chorou vendo filme. E aí, precisa de algo mais?!




Bebela 17/07/2020

Ensaio sobre a cegueira e Covid 19
?Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem.?

Importante leitura no momento histórico em que estamos vivendo. Nesta obra, Saramago nos ajuda a entender o nosso papel na sociedade. E nós traz lições de empatia, solidariedade e união que podem ser perfeitamente aplicadas no contexto em que estamos vivendo. Uma obra visceral.
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Bellesbooks 20/07/2023

Acho que ceguei também?
Leitura foi super agradável gostei mais do que pensava foi minha primeira obra do Saramago. As analogias das condições humanas e as degradações e egoísmo foram muito bem colocadas, uma parte em questão me deu repulsa mas, não fiquei surpresa, achei que na reta final a estória deu um queda abrupta, ainda assim recomendo muito o livro.
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Manuela28 15/03/2024

Minha opinião!
Um dos livros mais difíceis até agora que eu já li, tanto em relação aos temas abordados quanto a questão de narrativa mesmo (meu primeiro contato com Saramago então não estava acostumada com seu tipo de escrita principalmente a parte dos personagens não serem retratados com o seu nome e sim por suas características). É difícil saber quem é o real narrador desta história.
Com certeza é um livro que deixa muitas reflexões e até dúvidas! As críticas que Saramago nos traz umas de forma sútil, já outras está bem diante de nós. Sobre temos olhos e não enxergarmos o mundo a nossa volta e a grandeza das nossas ações e o impacto que elas terão. Um dos pontos também que eu gostaria de falar é a maneira que Saramago fala sobre ver e enxergar. (Em um mundo de cegos é melhor ficar cego ou enxergar tudo diante de você acontecendo?)
Está história apesar de fictícia possui um pé na realidade é um dos livros mais ?humanos? que eu já li por retratar o comportamento da humanidade em relação a esta cegueira branca de forma que parece que realmente aconteceu(pelo menos para mim). Os comportamentos dos personagens e as situações que se encontram neste local de quarentena chega a ser barbara (principalmente as situações que as mulheres tiveram que se submeter em troca de alimentos) uma obra que mexe muito com questões básicas da humanidade!
É livro que não recomendo para todo mundo mas em algum momento da sua vida é bom você ler por que é o tipo de livro com mexe com você de algum modo.
[?]?Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que vendo, não veem"
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Fer Paimel 11/07/2020

Extremamente impactante
Gostei demais! É interessante perceber a similaridade do cenário bárbaro do livro com a atual pandemia.
Saramago não é um dos maiores nomes da literatura à toa. O livro é cativante, os personagens são muito bem inventados e o texto é muito impactante, o que torna a leitura bem prazeirosa.
Particularmente, preferiria que a escrita não fosse tão corrida, que os diálogos fossem separados como se faz normalmente. Talvez eu ainda não tenha maturidade literária para apreciar essa forma de escrita, mas ainda assim, o livro não deixou nada a desejar. Recomendo demais!!
Angélica 12/07/2020minha estante
Tbm gostei muito desse livro. Mas tive essa mesma dificuldade que você sobre a forma da escrita.


Fer Paimel 13/07/2020minha estante
Pois é! Antes de eu ler, alguns colegas me disseram que tiveram essa dificuldade... tem gente que gostou, mas eu achei que ficaria um pouco menos cansativo se fosse espaçado normalmente...
Apenas para facilitar a leitura. Do conteúdo não há o que mudar, o livro é incrível, na minha opinião!!




Cris 21/03/2021

Estamos cegos. Cegos que veem
Um livro muito chocante e que deixa a gente angustiado e com diversas situações. Aqui as pessoas estão cegas mas de uma maneira diferente, é uma cegueira branca e vazia. A epidemia de espalha rapidamente e logo os cegos são isolados para viverem em uma quarentena. É aqui que vemos homens, mulheres e crianças em pânico e destruindo uns aos outros. Só existe uma pessoa que enxerga e ela passa por uma das suas maiores experiências.
O livro lembra demais a pandemia que estamos vivendo. Existe um governo que não se importa e apenas isola as pessoas para viverem a
quarentena. É tudo surreal!
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Myréia 19/04/2022

De início, para quem nunca leu nada do autor, com certeza a forma como são organizados os diálogos e parágrafos vão assustar, mas dêem uma chance e persistam. Não esperem uma história leve, na verdade em alguns capítulos, para mim, se tornou impossível absorver tudo de uma, situações tristes, revoltantes, mas que infelizmente podemos esperar dos seres humanos, em tempos de crise. O livro também nós enche de esperança trazendo personagem reais, não "santos", mas com a vontade de tentar ser bom, as diversas faces do homem e da mulher. Recomendo.
Reginaldo Pereira 19/04/2022minha estante
Myka, você chegou a ver o filme?! É muito parecido a ponto de afetar a leitura?


Myréia 19/04/2022minha estante
Oi, não vi o filme ainda, pretendo heheheh. Infelizmente não vou conseguir te responder.


Reginaldo Pereira 19/04/2022minha estante
Eu achei o filme muito bom, e justamente por isso fico meio ressabiado em tentar o livro por "estragar a surpresa" da história... Me conte depois o que achou, por favor!!! ;-)


Myréia 19/04/2022minha estante
Conto sim, pode deixar^-^




Samuel M de Paula 30/12/2020

"A pior cegueira é a mental, que faz que com que não reconheçamos o que temos a frente"
O Ensaio sobre a Cegueira é a fantasia do galardoado autor José Saramago, ganhador em 1995 do Prêmio Camões e três anos depois do Nobel da Literatura. Conhecido pelo seu estilo oral e com pontuação não convencional; sendo considerado um mestre no tratamento da língua portuguesa.

Na obra somos introduzidos a uma realidade aterradora e sombria, na qual devemos ter lucidez para enxergar/discernir os acontecimentos ao nosso redor, enquanto os demais estão "cegos", lembrando-me um pouco da obra O Alienista de Machado de Assis em que é dissertado sobre a sanidade.

Na história somos introduzidos a uma epidemia que causa cegueira, mas em nenhum momento o foco está em tentar desvendar a causa ou sua cura. Somos expostos a uma sociedade que está se desmoronando, perdendo sua civilidade e mostrando a podridão de cada ser humano que estava em seu âmago. No final somos mostrados como perdemos a felicidade das coisas simples de nossa rotina e nos habituamos a viver de forma medíocre e infeliz.
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Thales 20/04/2021

Boa noite. Você já ouviu a palavra de José Saramago?
Eu tava tentando concatenar algumas palavras bonitas pra fazer a resenha do "Ensaio", mas 1) eu sou absolutamente incapaz de escrever algo a altura desse livro 2) gente muito mais entendida que eu já debateu amplamente não só esse livro como a obra de Saramago como um todo, então eu no máximo choveria no molhado. Por isso nessa resenha aqui vou tentar só elencar algumas coisas que me chamaram a atenção e podem ajudar na leitura de alguém que, como eu, é só um leitor comum.

? A escalada do "mal". Nós que estamos vivendo a pandemia percebemos claramente como uma doença pode tomar a vida de assalto se não combatida direito e como o descaso atrapalha, e muito. Males com proporções de destruição em massa devem ser cortados, o quanto antes, pela raiz - e mesmo assim a coisa ainda pode sair do controle. Para Saramago foi a cegueira branca, para nós hoje é a covid, mas podemos estender a analogia para todo tipo de arma de destruição, do nazismo à bomba atômica.

? O descaso para com a legalidade ao primeiro sinal de exceção. A vida na quarentena imposta ao cegos rapidamente se torna um inferno, e isso é catalisado pela forma como são tratados pelos militares. Como se a vida ali já não fosse complicada o suficiente o exército ainda nega auxílio médico, funerário, atrasa a entrega de comida e outros suprimentos e etc.. É só o indivíduo ser posto dentro do campo de "exceção" que ele perde seu status de cidadão, e isso é dado, não se faz questão de esconder. E fácil entender o manicômio como metáfora para um sem número de situações do mundo real.

? A desumanização, e esse ponto dialoga com o anterior. Uma das tiradas mais brilhantes de Saramago no "Ensaio" é não dar nomes próprios aos personagens. Eles são "o médico", "a mulher do médico", "o primeiro cego", "o rapazito estrábico". Quem já leu ou viu algo sobre campos de concentração sabe que ali os prisioneiros eram reconhecidos pelos seus números, e não pelo nome. Essa atitude servia não só para controle como para desumanizar o indivíduo. O que não tem nome não "é", quando se nomeia algo dota-se esse algo de existência; quando você "desnomeia" você tá fazendo o caminho contrário. Tirar o direito ao nome é "coisificar" o ser humano, e é isso que Saramago faz. Em vários momentos, particularmente nas situações mais confusas, o portuga descrevia os cegos quase como zumbis, e era fácil imaginá-los assim - o fato de ninguém ter nome só deixava o trabalho mais fácil. Mais fácil também de aceitar a forma como eram tratados pelo exército e como lidavam entre si dentro do manicômio. A minha impressão é que Saramago não queria que nós nos apegássemos aos personagens isoladamente, mas os visse como recortes dentro de um todo, como exemplos dentro de uma análise que ele queria suscitar.

? A análise da natureza humana. Freud já dizia que o ser humano é dotado de impulsos e sentimentos impraticáveis e é a todo momento tolhido pela sociedade. O indivíduo portanto enterra essas vontades fermentando o "mal-estar", um sentimento ruim para com o todo. Num local onde as regras não se aplicam, como na quarentena do livro, não há necessidade de recalcamento ou qualquer controle dessas vontades mais primitivas. Pimba, é a receita do colapso. O manicômio é uma experiência em microcosmo do que é uma sociedade não só sem leis, e falo de direito, aparato jurídico, mas sem moral pública, sem convenções, sem direitos e deveres bem delimitados. É o local onde se busca prioritariamente a sobrevivência individual a qualquer custo, mas também onde não há freios para o exercício dos desejos mais primitivos e despudorados. É o retorno ao momento pré-civilização, quase um estado de natureza. E Saramago não dá nenhum voto de confiança ao Homem, é só perceber qual caminho a história toma quando o manicômio lota. Tem um trecho fantástico que resume muito bem o que tô tentando dizer: "É desta massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade."

? A verve por formar "tribos". É impressionante como em nenhum momento da narrativa os cegos conseguem se organizar na totalidade. Não importa em que altura da história a gente tá, os grupos sempre estão reduzidos a uma meia dúzia de pessoas, se muito, que batem cabeça. Sem um poder central e um aparato jurídico-repressivo o Homem é incapaz de sentar e resolver suas pendengas pra regular a vida e o bem comum. Na verdade o "bem comum" é meio que uma abstração. Nesse ponto eu não sei se Saramago, um comunista, tava fazendo uma analogia ampla dos sistemas políticos ou só expondo uma ideia particular - até porque ele não confiava muito nesse caráter "sociológico" da literatura - mas essa crítica tá lá e é bem sensível.

? A cegueira e a desconexão com o mundo. O ser humano tem, mais destacadamente, cinco sentidos. Eles são o elo do "eu" com o mundo exterior, é a partir desses sentidos que nos conectamos com a realidade ao nosso redor. E o ponto mais claro de conexão é, sem dúvida, a visão. Eu tenho certeza absoluta que você prefere perder o paladar ou a audição, quiçá os dois juntos, à visão. Quando Saramago retira de seus personagens esse ponto tão particular de conexão com o mundo tudo isso que eu disse acima se torna possível: desumaniza-se o indivíduo, perde-se o sentimento de "todo", impulsos egoístas e violentos são aflorados. Retirar algo tão fundamental do Homem é perverter justamente o sentido de "ser Homem", de ser humano; o resultado são só os escombros do que entendemos como humanidade e civilização. E não é nada bonito.

Enfim, esses são só alguns pontos de destaque. "Ensaio sobre a cegueira" é daqueles livros "acadêmicos", que suscitam teses, debates e estudos de uma forma geral. A internet é farta em nos oferecer todo tipo de reflexão, em diferentes áreas, dessa obra. Sorte a nossa.

Leiam Saramago, gente!
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