Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


2998 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Thales 20/04/2021

Boa noite. Você já ouviu a palavra de José Saramago?
Eu tava tentando concatenar algumas palavras bonitas pra fazer a resenha do "Ensaio", mas 1) eu sou absolutamente incapaz de escrever algo a altura desse livro 2) gente muito mais entendida que eu já debateu amplamente não só esse livro como a obra de Saramago como um todo, então eu no máximo choveria no molhado. Por isso nessa resenha aqui vou tentar só elencar algumas coisas que me chamaram a atenção e podem ajudar na leitura de alguém que, como eu, é só um leitor comum.

? A escalada do "mal". Nós que estamos vivendo a pandemia percebemos claramente como uma doença pode tomar a vida de assalto se não combatida direito e como o descaso atrapalha, e muito. Males com proporções de destruição em massa devem ser cortados, o quanto antes, pela raiz - e mesmo assim a coisa ainda pode sair do controle. Para Saramago foi a cegueira branca, para nós hoje é a covid, mas podemos estender a analogia para todo tipo de arma de destruição, do nazismo à bomba atômica.

? O descaso para com a legalidade ao primeiro sinal de exceção. A vida na quarentena imposta ao cegos rapidamente se torna um inferno, e isso é catalisado pela forma como são tratados pelos militares. Como se a vida ali já não fosse complicada o suficiente o exército ainda nega auxílio médico, funerário, atrasa a entrega de comida e outros suprimentos e etc.. É só o indivíduo ser posto dentro do campo de "exceção" que ele perde seu status de cidadão, e isso é dado, não se faz questão de esconder. E fácil entender o manicômio como metáfora para um sem número de situações do mundo real.

? A desumanização, e esse ponto dialoga com o anterior. Uma das tiradas mais brilhantes de Saramago no "Ensaio" é não dar nomes próprios aos personagens. Eles são "o médico", "a mulher do médico", "o primeiro cego", "o rapazito estrábico". Quem já leu ou viu algo sobre campos de concentração sabe que ali os prisioneiros eram reconhecidos pelos seus números, e não pelo nome. Essa atitude servia não só para controle como para desumanizar o indivíduo. O que não tem nome não "é", quando se nomeia algo dota-se esse algo de existência; quando você "desnomeia" você tá fazendo o caminho contrário. Tirar o direito ao nome é "coisificar" o ser humano, e é isso que Saramago faz. Em vários momentos, particularmente nas situações mais confusas, o portuga descrevia os cegos quase como zumbis, e era fácil imaginá-los assim - o fato de ninguém ter nome só deixava o trabalho mais fácil. Mais fácil também de aceitar a forma como eram tratados pelo exército e como lidavam entre si dentro do manicômio. A minha impressão é que Saramago não queria que nós nos apegássemos aos personagens isoladamente, mas os visse como recortes dentro de um todo, como exemplos dentro de uma análise que ele queria suscitar.

? A análise da natureza humana. Freud já dizia que o ser humano é dotado de impulsos e sentimentos impraticáveis e é a todo momento tolhido pela sociedade. O indivíduo portanto enterra essas vontades fermentando o "mal-estar", um sentimento ruim para com o todo. Num local onde as regras não se aplicam, como na quarentena do livro, não há necessidade de recalcamento ou qualquer controle dessas vontades mais primitivas. Pimba, é a receita do colapso. O manicômio é uma experiência em microcosmo do que é uma sociedade não só sem leis, e falo de direito, aparato jurídico, mas sem moral pública, sem convenções, sem direitos e deveres bem delimitados. É o local onde se busca prioritariamente a sobrevivência individual a qualquer custo, mas também onde não há freios para o exercício dos desejos mais primitivos e despudorados. É o retorno ao momento pré-civilização, quase um estado de natureza. E Saramago não dá nenhum voto de confiança ao Homem, é só perceber qual caminho a história toma quando o manicômio lota. Tem um trecho fantástico que resume muito bem o que tô tentando dizer: "É desta massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade."

? A verve por formar "tribos". É impressionante como em nenhum momento da narrativa os cegos conseguem se organizar na totalidade. Não importa em que altura da história a gente tá, os grupos sempre estão reduzidos a uma meia dúzia de pessoas, se muito, que batem cabeça. Sem um poder central e um aparato jurídico-repressivo o Homem é incapaz de sentar e resolver suas pendengas pra regular a vida e o bem comum. Na verdade o "bem comum" é meio que uma abstração. Nesse ponto eu não sei se Saramago, um comunista, tava fazendo uma analogia ampla dos sistemas políticos ou só expondo uma ideia particular - até porque ele não confiava muito nesse caráter "sociológico" da literatura - mas essa crítica tá lá e é bem sensível.

? A cegueira e a desconexão com o mundo. O ser humano tem, mais destacadamente, cinco sentidos. Eles são o elo do "eu" com o mundo exterior, é a partir desses sentidos que nos conectamos com a realidade ao nosso redor. E o ponto mais claro de conexão é, sem dúvida, a visão. Eu tenho certeza absoluta que você prefere perder o paladar ou a audição, quiçá os dois juntos, à visão. Quando Saramago retira de seus personagens esse ponto tão particular de conexão com o mundo tudo isso que eu disse acima se torna possível: desumaniza-se o indivíduo, perde-se o sentimento de "todo", impulsos egoístas e violentos são aflorados. Retirar algo tão fundamental do Homem é perverter justamente o sentido de "ser Homem", de ser humano; o resultado são só os escombros do que entendemos como humanidade e civilização. E não é nada bonito.

Enfim, esses são só alguns pontos de destaque. "Ensaio sobre a cegueira" é daqueles livros "acadêmicos", que suscitam teses, debates e estudos de uma forma geral. A internet é farta em nos oferecer todo tipo de reflexão, em diferentes áreas, dessa obra. Sorte a nossa.

Leiam Saramago, gente!
comentários(0)comente



Kleyssi Melo 17/07/2021

Cru, doloroso, e bem verossímil.

1 - Achei a história bem real, que se algo do tipo acontecesse se assemelharia muito ao que foi escrito, aliás, coisas essas que já acontecem, mas que “fingimos não ver”. Todo o cenário e situações me fizeram lembrar como muitas vezes, nos fazemos de cegos diante de tantas coisas e injustiças, como somos seres frágeis e também cruéis. A questão da cegueira é uma metáfora perfeita do livro para a vida.

2- Recomendo o livro como uma leitura reflexiva, mas não recomendo a quem for sensível, por ser um livro cruel, e bem realista. Por fim, acho que o maior questionamento e reflexão do livro é “Mas não já estamos cegos?”.

• Alerta de gatilhos: Abuso sexual, miséria, violência.

(Resenha completa em @beco.da.k)

site: https://www.instagram.com/beco.da.k/
comentários(0)comente



eduardabuainain 18/07/2020

O melhor do ano
O melhor que li esse ano, sem dúvidas. Terminei esse livro e fiquei literalmente olhando pra parede! De início me aborreci com a pontuação do Saramago, tinha que reler alguns parágrafos duas, três vezes, mas logo me acostumei com isso. Que leitura maravilhosa, com reflexões incríveis e metáforas sensacionais (vide pedras se metamorfoseando com a água benta do céu transportada pelo cão das lágrimas), além das ironias que me fizeram rir. Ao longo da leitura sorri, chorei, tive nojo, entre inúmeros outros sentimentos que ainda não sei nomear. Simplesmente digo: leiam!
comentários(0)comente



Tati 23/08/2021

Cegueira Branca
 Ensaio sobre a cegueira é um livro forte que retrata o homem em sua pior essência. Quando ninguém pode ver o que você faz, quando existe a penúria, os instintos se afloram, não há regras, moral ou ética, é a degradação do ser humano. José Saramago usa uma escrita direta e pode chocar, não há sentimentalismo algum, a abordagem dos fatos é nua e crua, e é inevitável para o leitor sair da leitura sem ser tocado, sem pensar como reagiria em uma situação limite. cruel ver os cegos se digladiando por comida, o bom senso deixa de existir, é a lei do mais forte. E não foi só isso, muitas coisas ocorrem e tem partes bastante avassaladoras, que eu precisei de um tempo para prosseguir.  o livro não é uma leitura fácil, não somente pelo tema, mas também pelas pontuações livres, pela falta de separação entre uma fala e outra e pela linguagem, por isso é preciso não ter pressa para melhor compreensão da obra. Como não amar as obras de Saramago?
Fausto.Mota 23/08/2021minha estante
Livro incrível!!!


Tati 10/10/2021minha estante
Eu amei este livro do Saramago. Phausto 75 a primeira obra que li do autor, acredito que comecei a ler Saramago pelo livro certo não é?




LucAlio.CAmara 23/06/2022

Ensaio sobre a cegueira
O ensaio sobre a cegueira tem uma trama que deixa o leitor com muita angústia. Pois de forma repentina um cidadão fica cego e como referência os outros cegos que são contagiados por ter tido contato com ele são chamados de o primeiro cego, o médico cego e assim por diante. Mas esses cegos que são reconhecidos como referência, são os protagonistas da história.

Quando o Ministério da Saúde e o governo descobre a gravidade das cegueiras contagiantes, resolver isolar todos os cegos que surgem em um manicômio vigiado por militares e lá que o "parquinho pega fogo". Os cegos, entre eles mulheres e criança, são oprimidos, e alguns são mortos até pelos militares que vigiam o local pra nenhum cego fugir e os cegos vivem em uma situação insalubre. E, cada vez vai chegando mais cegos no ambiente onde os cegos têm que se virarem sozinhos em um local que não tem organização e nem disciplina. Há os cegos maus que abusam sexualmente das mulheres da ala dos outros cegos em troca de comidas; com a ala dos primeiros cegos que são os protagonistas.

O leitor acaba se envolvendo de tal forma com os personagens cegos que se pega imaginando "cegos", pelas dificuldades que os cegos enfrentam para viverem seus dia a dia em um ambiente de cegos que vivem em guerras entre outros cegos e que não podem pedir ajuda para os militares vigilantes que correm o risco de serem mortos por eles. Com isso acaba tendo envolvimento de abuso, racionamento de alimentação e muita intriga entre os próprios cegos. Contudo, tem uma cega que deixo aqui como misteriosa pra não dar spoiler que é fundamental pra ala dos cegos protagonistas.

Portando, um acidente criminoso feito por uma cega na ala dos cegos malvados fazem os militares abandonar a vigilância do manicômio e os cegos são libertos para fora do manicômio onde eles correm a procura de alimentos e nessa nova jornada rola uma saga de como eles vão voltar pra suas casas e se virarem pra sobreviverem em meio ao caos.

O autor da obra, José Saramago, faz com que a narrativa fique cada vez mais curiosa de como vão resolver essa epidemia de cegueira, e uma cegueira branca e que também contagia. Uma escrita muito bem produzida, mas também com cenas fortes. Prepare o "boldo que a ressaca é forte".
DANILÃO1505 24/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Renato Paniagua 24/06/2020

Drama bem feito
Ensaio sobre a Cegueira é um dos melhores livros que li até hoje, é sem dúvida uma das obras que mais indico para que as amigos leiam.
À primeira vista, somos levados a estranhar a forma de escrita de José Saramago, texto todo construído com parágrafos intermináveis, mas logo toda essa estranheza se esvai à medida que estamos mais envolvidos com a história contada.
Em resumo, o livro é nada mais do que o retrato de uma micro sociedade, esta que a todo momento tenta sobreviver em uma realidade assustadora de cegueira coletiva. Mas talvez esse nem seja o maior dos problemas. Viver em um mundo em que algo tão importante é perdido, é só um convite para que mais desgraças aconteçam.
Aos poucos a civilidade é perdida e tudo o que sobra é uma irrisória esperança de que esse não pode ser o fim do mundo que conhecemos hoje. É preciso encontrar força de até onde não há.
História comovente, com um drama de primeira. Toda ambientação é bem construída e os personagens nem se fala. De embrulhar o estômago, o que convém dar uma pausa para conseguir mais fôlego.
comentários(0)comente



Me sigam no Instagram @apaixonadapo 06/05/2022

Ensaio Sobre a Cegueira
" Quero que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem."
.
Em um sinal de trânsito, um homem cega, sem motivo nenhum, o que ele diz enxergar é apenas o branco, como se tivesse mergulhado em um "mar de leite". Não demora muito para que esta cegueira se torne uma pandemia.
Logo o governo levam os primeiros cegos a um manicômio desocupado, para que fiquem numa espécie de quarentena, não  demorando muito para que o caos, o desespero, a fome, o surto, a falta de higiene, o abandono por parte das autoridades, até a falta de caráter de alguns comece a surgir. Apenas uma pessoa não cegou. E assim ela tenta ajudar a quem pode, e é através desse olhar que iremos testemunhar o pior que pode ocorrer e se tornar o ser humano...
.
De início, a leitura foi bem difícil, devido a narrativa e a própria gramática. Foi um dos livros que mais demorei para concluir. Mas depois que engatei, não queria parar, mas é um livro que deve ser lido no seu tempo, apreciado. Saramago é excepcional! Meu primeiro contato com o autor, e já digo, que quero mais!
.
Uma estória que ainda estou digerindo. Saramago nos coloca a refletir, em como a humanidade pode se transformar numa adversidade como uma pandemia, abordando a questão dos diversos tipos de cegueira que vivemos, onde temos olhos, mas deixamos escapar a visão em diversas ocasiões, e colocar em cheque todas as nossas crenças, sobre o que de fato achamos que é certo ou errado.
.
Parece familiar? Pois é...
.
Acredito que todos terão uma nova visão sobre a vida após essa leitura. Apenas leiam!
Matheus656 06/05/2022minha estante
Livrão


Me sigam no Instagram @apaixonadapo 06/05/2022minha estante
Verdade!!! Incrível!


Núbia Cortinhas 14/06/2022minha estante
????????


Me sigam no Instagram @apaixonadapo 16/06/2022minha estante
???




Samuel M de Paula 30/12/2020

"A pior cegueira é a mental, que faz que com que não reconheçamos o que temos a frente"
O Ensaio sobre a Cegueira é a fantasia do galardoado autor José Saramago, ganhador em 1995 do Prêmio Camões e três anos depois do Nobel da Literatura. Conhecido pelo seu estilo oral e com pontuação não convencional; sendo considerado um mestre no tratamento da língua portuguesa.

Na obra somos introduzidos a uma realidade aterradora e sombria, na qual devemos ter lucidez para enxergar/discernir os acontecimentos ao nosso redor, enquanto os demais estão "cegos", lembrando-me um pouco da obra O Alienista de Machado de Assis em que é dissertado sobre a sanidade.

Na história somos introduzidos a uma epidemia que causa cegueira, mas em nenhum momento o foco está em tentar desvendar a causa ou sua cura. Somos expostos a uma sociedade que está se desmoronando, perdendo sua civilidade e mostrando a podridão de cada ser humano que estava em seu âmago. No final somos mostrados como perdemos a felicidade das coisas simples de nossa rotina e nos habituamos a viver de forma medíocre e infeliz.
comentários(0)comente



Laura S. 14/04/2021

Falei demais, é um livro complexo, mas vale a pena
Ensaio sobre a cegueira, acredito que consagrado o melhor livro de Saramago, ou ao menos o mais popular, foi o segundo de sua obra com o qual tive contato.
Sobre a leitura, a escrita no português europeu pode dificultar um pouco a quem não é acostumado, há muitas palavras, trejeitos e ditados diferentes do que vemos no Brasil. Além disso, Saramago pouco se utiliza de pontos e não indica sempre com clareza o emissor das falas, então, para o leitor, isso pode também ser outro ponto de dificuldade. Mas acostuma.
Quanto à obra, ela é cativante, te prende do início ao fim. Já no início, apresenta o primeiro cego no momento em que perde a visão e, a partir dele, aparecem gradativamente os outros personagens que, um a um, também a vão perdendo. Os personagens são assim, não possuem nome, são "o primeiro cego", "a rapariga dos óculos escuros", "o médico", "a mulher do médico" e por aí em diante. Isso se deve, imagino, a necessidade de despersonalizar as personagens, mesmo que se possa identificá-las. Tirando-lhes os nomes, tirando-lhes a visão, no livro, cada pessoa nada mais é do que apenas isso: mais uma.
Em se tratando do enredo principal, Saramago se aproveita da descrição de uma epidemia de cegueira para tratar sobre questões mais intimas ao ser humano. Em um primeiro momento, todos os cegos são isolados em um local insalubre, vigiado pelo exército, e obrigados a se organizarem sozinhos, pois não há ajuda externa. Isso os leva a condições sobre-humanas, com cheiros e texturas muito bem descritas, o manicômio vira um local fétido, coberto por excrementos e fluidos corporais de toda a sorte. Os que ali vivem se distanciam mais e mais dos comportamentos humanos. O lugar vira um zoológico sem lei (ou visão). Já do meio para o final do livro, é retratada a cidade, completamente tomada pela cegueira, incapaz de se manter com eletricidade, água encanada, produção de alimentos e itens básicos para a sobrevivência e, novamente, a cidade é apenas o antigo manicômio em larga escala.
Considerações finais: "Ensaio sobre a cegueira" é uma obra angustiante, com cenas fortes, descrições muito bem feitas e, em geral, é um livro sujo (literalmente, apesar dos esforços de quem ainda se mantém lúcido, quase não há limpeza). É um ótimo livro pra se ler tanto entendendo-o ao pé da letra, quanto observando as metáforas nele não muito escondidas. A cegueira do livro não é apenas o deixar de ver, mas o deixar de enxergar, notar, sentir: "Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, cegos que, vendo, não veem."
Por fim, creio que tê-lo lido estando vivenciando uma pandemia (bem literal, real e forte, vamos combinar) me fez ter um olhar diferente sobre a obra. Recomendo fortemente a leitura, mas ressalvo que é melhor não ter um estômago demasiado sensível.
comentários(0)comente



nádia 15/11/2021

Com esse livro decidi começar a ler Saramago e, depois da aflição e redenção que foi Ensaio sobre a Cegueira, só posso dizer que quero ler mais obras dele!

A escrita desse livro é devastadora, me prendeu demais, me chocou muito. Ele fez essa reflexão sobre uma essência animalesca e primitiva, que pode revelar os maiores terrores de que gostaríamos de acreditar que não somos capazes, mas aí vemos o quanto é fácil se perder tudo que nos torna humanos em sociedade.

Acho que de quebra ainda poderia ter linkado que já no mundo de hoje muitas pessoas vivem em estado de quase sub-humanidade, comendo do lixo, dormindo na rua, enfim sem muita distinção para com o mundo que conhecemos em Ensaio sobre a Cegueira; talvez um dos intuitos desse ensaio seja denunciar nossa própria cegueira quanto aos males que assombram os outros mas não a nós mesmos.
anabomi 15/11/2021minha estante
Ai que perfeito e pesado!! Quero muito ler, vai ser tapa na cara atrás de tapa na cara pelo visto


nádia 15/11/2021minha estante
Amg le simmm, é pedrada mas vale a pena


Martha 06/01/2022minha estante
Nádia, meu deus! Eu que tinha abandonado tive vontade de tentar de novo depois dessa resenha!




Layla.Ribeiro 28/02/2021

Desafio literário 2021- Livro da capa preta + LC
Possui uma história muito envolvente, tensa, que em certos momentos me causou um embrulho no estômago, não pensei que fosse ser pesado em algumas situações, um livro de tirar o fôlego, para mim o mais interessante foi ler um livro sobre epidemia vivendo em uma pandemia deixou um ar mais claustrofóbico. Antes de ler o livro fui temendo a escrita de Saramago e não tive dificuldades nenhuma com a sua escrita, apenas como o portugues de Portugal me causou uma certa estranheza. Para mim o defeito deste livro é que seu desfecho foi muito apressado e me deixou com a sensação de querer mais. Super recomendo!
rodrigo963 28/02/2021minha estante
Muito bom!! ????




Gabriel Bernardes 08/12/2020

??
?Quem vai morrer, está já morto e não o sabe, que temos de morrer, sabemo-lo desde que nascemos. Por isso, de uma certa maneira, é como se já tivéssemos nascido mortos?
comentários(0)comente



Camila.Dias 01/09/2021

Um livro incômodo
Se tem uma palavra que define esse livro pra mim é incomodo, não porque ele seja ruim, muito pelo contrário, livros que mexem com os nossos sentimentos, são os melhores, na minha opinião.
Durante toda a leitura eu fiquei incomodada, por isso foi até um livro difícil de ler. O autor é muito gráfico nas suas narrações e por isso é possível "visualizar" tudo o que acontece.
A escrita do autor é bem diferente, pois ele não segue pontuação e nem utiliza parágrafos, o que adiciona mais um desafio a leitura dessa história, para quem não está acostumado com esse estilo de escrita "corrida".
Apesar de ter sido um livro difícil de digerir, é um livro excelente, justamente por suscitar sentimentos incômodos no leitor.
comentários(0)comente



lau 25/11/2021

Sinceramente foi um pouco sofrido ler, sabendo de certas coisas que acontecem. Não concordo que seja uma leitura "difícil" no sentido de gramática, inclusive achei que faz ser ainda mais interessante.
comentários(0)comente



iamlivreads 31/10/2022

LULA PRESIDENTE ELEITO, MARIDO DA JANJA FILHO DA DONA LINDU
lindo, bolsonaro na prisão a verdadeira cegueira é o que o fascismo faz com as pessoas, essa é a doença.
Ceci.lia 31/10/2022minha estante
o melhor título possível


Thassia.Camille 04/11/2022minha estante
Melhor resenha kkkkkkkk




2998 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR