Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Lari Colucci 20/03/2024

Difícil, pesado e confuso
É uma obra que se destaca não apenas por sua narrativa impactante, mas também pelo estilo peculiar de escrita do autor. A ausência de pontuação convencional e o fluxo contínuo de diálogos sem marcações claras podem tornar a experiência de leitura desafiadora, exigindo uma atenção redobrada para acompanhar a trama e diferenciar os personagens e seus diálogos.

A densidade do texto, aliada ao tema sombrio e à crueza com que Saramago explora a natureza humana em situações extremas, contribui para uma leitura que pode ser percebida como pesada e lenta. O autor não suaviza a realidade de seus personagens; pelo contrário, ele os coloca em um cenário de desolação e desespero, onde a cegueira metafórica e literal revela as fragilidades e brutalidades humanas.

A crueldade e o realismo com que o autor descreve o colapso da sociedade e a degeneração moral e física dos personagens podem impactar profundamente, provocando reflexões sobre solidariedade, ética e a condição humana. Em um cenário onde a cegueira se torna uma epidemia, as reações variadas dos personagens ilustram um espectro amplo de respostas humanas frente ao caos e à adversidade.
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Cla Motta 20/03/2024

A pandemia da cegueira
Aos se cegarem as pessoas passaram a viver como animais, abandonados, caóticos. E quando só uma pessoa enxergava ela também passou a não ver já que ninguém a enxergava.
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pwhset 19/03/2024

Eu vejo
"Não há bem que sempre dure, nem mal que ature, assim como não há bem que dure sempre, também não há mal que sempre cure."

É impressionante pensar como os olhos, a visão guiam os nossos sentimentos mais profundos e principalmente a nossa humanidade.

O José Saramago criou aqui uma ambientalização, que nem pode se dizer de tão ficção assim depois de termos passado por uma pandemia, que descreveu o horror de vivermos em uma sociedade sem humanidade, que se despiu de tudo que foi construído e os tornavam racionais.

Foi prazeroso acompanhar o desenvolvimento dessa história que abordou muito bem a dor, o suspiro de empatia que restou naquele grupo através dos olhos da mulher do médico.

A escrita é incrível, o desenvolvimento da narração e a descrição deixa você submerso naquele mundo branco. Com certeza uma das minhas melhores leituras do ano.

Encerro com a cena das estátuas e imagens da igreja cobertas pela venda branca, uma cena que me arrepiou e me fez pensar sobre como a vivência visceral da situação fez dos santos cegos ao povo credor. E como a cegueira mútua é o que nos afasta dos verdadeiros sentimentos e vivências humanitárias.
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marxisa 18/03/2024

Então é que se vê o animalzinho que somos.
Ao final do livro, lendo as frases em que destaquei, tive um insight.
Dizem que quando estamos em situações extremas, acabamos por nos cegar pelo desespero, agindo de acordo com os nossos instintos mais bestiais (o que realmente lemos no livro) mas e se nós já vivemos desse modo, mas não se revela de maneira tão agravante e apenas nos acostumamos. Talvez em outra sociedade com outras culturas estaríamos aterrorizados de ver o modo como sobrevivemos.
O desespero do dia a dia, a correria, o medo de errar, a pressão de ser bem sucedido. Ter uma vida e suas responsabilidades já é estar em situações extremas (não entrarei em recortes de classe pq é óbvio que para outros a situação é melhor ou pior) e por consequência estamos cegos, somos tão brutais como aqueles personagens em quarentena, pensando em nossa própria sobrevivência sem enxergar ao nosso redor.

"o sentido de responsabilidade é a consequência natural de uma boa visão, mas quando a aflição aperta, quando o corpo se nos desmanda de dor e angústia, então é que se vê o animalzinho que somos."
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Débora 17/03/2024

Não sei oq pensar
Definitivamente este é um livro difícil de digerir mas interessante demais de se ler, jamais imaginei os problemas que se sucederam. Indigesto e brutal. Inimaginável as coisas que o ser humano é capaz de fazer se colocado tbm em situação inimagináveis
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manuela. 17/03/2024

"se podes olhar, vê. se podes ver, repara"
Nunca pensei que um livro poderia me impactar tanto assim. Não existem palavras que sejam suficientes para explicar o que essa obra nos faz sentir. Perceber que não somos nada além de animais, ler e imaginar o pior que pode surgir da raça humana... é desesperador. Uma experiência nauseante e que, ironicamente, te faz perceber o quanto nós mesmos somos cegos. Tornou-se, sem dúvidas, um dos meus livros preferidos.

"Penso que não cegamos, penso que estamos cegos. Cegos que vêem. Cegos que, vendo, não vêem."
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Gustavo_tvrs 16/03/2024

Muito bom!
Adorei. E a escrita realmente é confusa às vezes, mas não é tão difícil como eu imaginava. Meu próximo do Saramago já está comprado: as intermitências da morte!
Gabyz.z 16/03/2024minha estante
Pq não traduziram para o nosso português? Não entendo




_bbrcam 16/03/2024

Tenho meus pontos sobre esse livro
Algo que me fez pensar muito durante a leitura e que foi um pequeno empecilho. Fora isso, acredito que estou traumatizada para sempre depois dessa leitura haha
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Gracimara0 16/03/2024

Um verdadeiro ensaio sobre a maldade humana , o q de pior pode ser existir no ser humano .
Uma súbita cegueira branca toma conta da população , inclusivo do oftalmologista, menos sua esposa , que não se tem os motivos . Eles então precisam viver em quarentena .
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Deaolive 16/03/2024

O livro conta sobre uma epidemia de cegueira que assola o país, com isso algumas pessoas se aproximam, criam laços para tentar sobreviver.
Tem que ter estômago para terminar essa leitura!!!!
Frase marcante: " Se eu voltar a ter olhos, olharei verdadeiramente os olhos dos outros, como se estivesse a ver-lhes a alma. "
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Erick Simões 16/03/2024

Não questione muito
O livro não tem uma explicação do motivo da cegueira dos personagens e nem a razão da exceção de uma personagem não ficar ao mesmo tempo dos outros (ok, eu sei que é simbólico, mas custava dar uma razão "real" para aquilo?)
Eu odeio a forma como o Saramago ignora as formatações de texto, torna tudo mais lento e um grau a mais de complicado para ler, e eu não acho que alguém possa ignorar as regras básicas só por ser muito bom, então eu acho um absurdo o livro ser formatado desse jeito.
Por fim, se você for ler questionando de onde veio, do motivo de ter vindo e para onde vai a cegueira você vai mais se irritar com a história do que de fato curtir a história e refletir sobre o que a cegueira da história representa e a mensagem que o autor quer passar. Então abstraia e leia como se fosse apenas um ensaio sobre a cegueira ;)
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Manuela28 15/03/2024

Minha opinião!
Um dos livros mais difíceis até agora que eu já li, tanto em relação aos temas abordados quanto a questão de narrativa mesmo (meu primeiro contato com Saramago então não estava acostumada com seu tipo de escrita principalmente a parte dos personagens não serem retratados com o seu nome e sim por suas características). É difícil saber quem é o real narrador desta história.
Com certeza é um livro que deixa muitas reflexões e até dúvidas! As críticas que Saramago nos traz umas de forma sútil, já outras está bem diante de nós. Sobre temos olhos e não enxergarmos o mundo a nossa volta e a grandeza das nossas ações e o impacto que elas terão. Um dos pontos também que eu gostaria de falar é a maneira que Saramago fala sobre ver e enxergar. (Em um mundo de cegos é melhor ficar cego ou enxergar tudo diante de você acontecendo?)
Está história apesar de fictícia possui um pé na realidade é um dos livros mais ?humanos? que eu já li por retratar o comportamento da humanidade em relação a esta cegueira branca de forma que parece que realmente aconteceu(pelo menos para mim). Os comportamentos dos personagens e as situações que se encontram neste local de quarentena chega a ser barbara (principalmente as situações que as mulheres tiveram que se submeter em troca de alimentos) uma obra que mexe muito com questões básicas da humanidade!
É livro que não recomendo para todo mundo mas em algum momento da sua vida é bom você ler por que é o tipo de livro com mexe com você de algum modo.
[?]?Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que vendo, não veem"
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Gersyane.JacaAna 14/03/2024

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.
Ganhou um Nobel de literatura e não foi à toa! Mas de longe o livro mais agoniante e difícil que li. É tudo tão real, pesado e visceral que começou a me deixar tão mal que tive que dar uma pausa de meses (e acredite não é tão fácil me deixar mal)
Me trouxe inúmeras reflexões sobre o isolamento e negligência que pessoas doentes ou ?prejudiciais? ao resto da população sofrem.
Quando o caos se instala e as pessoas podem fazer o que quiserem sem medo do julgamento a sensação é de desesperança total. Perdi a paciência inúmeras vezes e se fosse a mulher do médico tinha desistido no início mesmo.
No começo a escrita me irritava profundamente (creio que faz parte da experiência de caos da história) eu sequer sabia o que era fala, pensamento ou descrições. Os personagens também não tem nomes e tudo parece apressado, mas com o passar do tempo você se acostuma e a leitura flui.
Tem que ter estômago mas vale a pena.
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