spoiler visualizarDeni San 10/11/2017
A Mndrágora
A Mandrágora é uma peça composta de um prólogo e cinco atos. É uma sátira às regras morais da sociedade italiana de 1518. Maquiavel cria, como pano de fundo, um romance novelesco para tratar da arte de envolver, manipular e conquistar um objetivo, no caso uma conquista amorosa.
A estória se passa em Florença em 1504. Calimaco, recém chegado de Paris apaixona-se por Lucrécia, que é casada com o ingênuo doutor messer Nicia, um doutor da lei entristecido por não ter tido um filho. Calímaco, com a ajuda do servo Siro e do astuto amigo Ligúrio, finge ser um médico famoso e convence messer Nicia de que a única maneira de fazer sua esposa engravidar seria obrigá-la a tomar uma infusão de mandrágora. Entretanto diz que o primeiro homem que mantiver relações sexuais com ela morrerá envenenado. Nicia recusa-se de imediato porém Ligúrio intervém e encontra rapidamente uma solução ao raptarem um rapaz e fazê-lo ter um encontro com sua esposa, o que deixa Nicia um pouco tranquilizado, porém perplexo pois alguém terá que deitar-se com sua esposa.
Tudo corre bem entre os homens, mas é necessário convencer Lucrécia, a honesta. Frei Timóteo, o encarregado de convencê-la, conclui: " D. Lucrécia é sensata e boa, mas a bondade é o que me fará passar-lhe a perna". Assim, Frei Timóteo a convence.
“Já que a tua astúcia, a tolice de meu marido, a ingenuidade de minha mãe e a maldade do meu confessor me levaram a fazer aquilo que, sozinha, nunca faria, quero julgar que tudo provenha de uma disposição do céu, que assim determinasse, e não me sinto suficiente para recusar o que o céu quer que eu aceite." Com essa reflexão, Maquiavel coroa a sátira.
A Mandrágora nos apresenta regras sociais que emergem como obstáculos, mas eles não são intransponíveis. Podemos burlá-las, desde que todos estejam de acordo.