Paulo Silas 01/02/2022"Um Conto de Natal" é um daqueles clássicos que todos conhecem a história mesmo sem ter lido o livro. Seja pelo fato de ter tomado contato com alguma adaptação do livro, seja por se tratar de uma história que faz parte de toda uma cultura que a muitos alcança, principalmente no período retratado na obra e presente no título - o natal -, muitos já ouviram falar do velho ranzinza Scrooge e sua antipatia pelo natal, mesmo que não tenha percebido em alguma menção ou referência em filmes, séries ou outros livros. É nessa obra de Dickens que está Scrooge e toda a sua transformação no natal.
Com o sócio tendo falecido há algum tempo, Scrooge continua a tocar sozinho o seu negócio em um apertado e pouco mobiliado escritório, sem tempo para qualquer outra coisa que não o seu trabalho. O ambiente é pesado, o clima é sempre tenso, pois Scrooge é um típico velho ranzinza e avarento que não vê motivos para qualquer tipo de alegria que o mundo tem a oferecer, devendo as pessoas se limitarem, assim pensa, a trabalhar e não gastar o dinheiro com nada além do mínimo para as necessidades básicas e sobrevivência. Mesmo no natal sua mesquinharia e rabugentice permanecem, destratando a todos que cruzam o seu caminho e tentam tornar aquela data em especial um dia um pouco melhor. Uma experiência sobrenatural coloca Scrooge em teste numa tentativa de salvar a sua alma. É com essa experiência que o leitor tem contato na história.
É um livro curto, mas com uma grande história. Charles Dickens possui um estilo com as palavras que faz com que sua narrativa seja muito agradável, aconchegante, gostosa de ser lida. Assim, o leitor acaba se vendo bastante envolvido com a história. Independente de qual seja a relação do leitor com o natal, o livro agrada e convence com sua bela história, além da própria mensagem que carrega e espalha, tratando-se de um livro que pode (e talvez até deve) ser lido por toda e qualquer pessoa, tanto por crianças quanto por, principalmente, adultos.