spoiler visualizarHemy Gomes 04/08/2020
"Cada parte de mim implorava para sumir no universo."
Vênus Maia tem 18 anos, é caloura de História e tem uma beleza peculiar, com seus olhos e cabelos castanhos, o caos em forma de gente. Pedro Vale tem 26 anos, é professor substituto de História antiga e também é um ruivo bonito dos olhos claros, certinho e sistemático. E a explicação para duas pessoas tão diferentes se envolverem não é só o fato de Ponte Belo ser uma cidade tão pequena.
No primeiro dia como professor substituto, Pedro conhece Vênus, sua aluna que tem o mesmo nome da sua deusa inspiradora. Talvez seria o único lugar onde se esbarrariam, além do Mundo da Lua (estabelecimento de Lua, amiga em comum deles, e onde Vênus trabalha), até que os dois se encontram numa festa, onde ela procurava diversão e onde ele não sabia porque estava lá. Porém, Pedro ajudando Vênus quando ela está dopada de álcool e drogas é só o começo de tudo.
Na festa de aniversário de Lua, Vênus reencontra uma amiga de Juno, sua falecida irmã perfeita, o que a faz pensar em pular do terraço, mas mais uma vez, Pedro aparece pra ter uma conversa estranha com ela. No dia seguinte, Vênus decide ir ao cemitério e se depara com Pedro visitando o túmulo de Juno e então ela liga os pontos -- e também acaba sendo atropelada pelo seu ex. Logo depois, Lua e Caio esclarecem o que rolou entre Juno e Pedro e relembram uma promessa: Pedro não pode saber que Vênus é A irmã de Juno.
O rolê de Juliana e Vênus acompanhando Drica até o Mundo da Lua para encontrar Pedro acaba terminando com Vênus à beira da morte por conta de uma overdose, já que continua determinada a se matar e negar que passa dos limites com drogas, e salva por Pedro mais uma vez. Logo logo, Vênus começa a se dar conta de que se sente atraída por Pedro (e vice versa) -- para a felicidade de Juliana que shippa os dois -- e eles acabam transando. Porém, aí começa toda a bagunça: Pedro descobre que Vênus e Juno são irmãs.
Mesmo assim, Pedro é capaz de perdoar Vênus, pois os dois têm um passado obscuro envolvendo a morte -- e ela com certeza precisa de ajuda. Então, Vênus tem o primeiro encontro de sua vida com Pedro, um homem totalmente diferente dos que ela já conheceu. E logo depois, tem uma "briga" com Juliana e outra overdose pra tentar morrer de uma vez. Mas mais uma vez, Vênus fica viva e decide aceitar ajuda, sendo internada numa clínica.
Na clínica, Vênus recebe tratamento, esbarra com seu ex e faz uma colega, descobre mais sobre si mesma e percebe a importância dos seus amigos, além da necessidade de recomeçar e resolver as bagunças que fez em sua vida, pouco a pouco. De volta ao mundo, Vênus começa a recuperar sua amizade com Juliana, a finalmente ter um mínimo de conversa com seu pai, a se policiar para ser mais equilibrada e se desenrolar com Pedro -- não é namoro, mas os dois se amam mesmo sendo opostos e é isso que importa.
E vamos de mais uma obra prima da Nanz! A escrita está maravilhosa como sempre e foi interessante a experiência de ver a escrita dela em 1a pessoa e com 2 pontos de vista diferentes, tudo ficou incrivelmente bem casado. Ressalto mais uma vez que acho maravilhoso como Nanz trata temas difíceis com uma certa delicadeza, faz a gente pensar e ficar imerso no modo de pensar do personagem. Gostei muito de Pedro (bem mais do que eu esperava) e também de Vênus, apesar do furacão absurdo que ela é -- que provavelmente me afastaria dela, se ela fosse alguém real e se eu a conhecesse, mas tudo bem. Torço para que Vênus melhore cada vez mais, seja feliz e apaixonada pela vida. Super recomendado!
Nota 5 de 5