A Morte do Cozinheiro

A Morte do Cozinheiro Allan Pitz




Resenhas - A Morte do Cozinheiro


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MahFrozen 07/06/2020

A morte do cozinheiro
Este livro é uma cortesia do booktour do Selo Brasileiro.

Neste livro, Allan Pitz nos mostra um lado diferente do amor. Um amor doentio, enevoado pelo ciúmes, e que causa alucinações em Luiz Aurélio, por conta de um relacionamento terminado há anos que ainda o atormenta, ainda mais depois que sua amada começa a se envolver com outro homem.

O livro é bem curtinho, o li em 40 minutos. A história nos prende, e apesar de curto é bem rica em detalhes. Pelo fato de o livro ser curto, a história é bem rápida e nos conta com pressa demonstrando o desespero do personagem.

No meio de alucinações, de desejo e de ciúmes, Luiz Aurélio acaba planejando a morte do rapaz com o qual sua amada se envolve. Diz ele começar a receber ligações em casa dizendo que o rapaz pretende matá-la, e ele até mesmo contrata um investigador para ter maiores informações.
Apesar de o investigador alertá-lo de que o cara é um bom rapaz, Luiz prefere acreditar em suas supostas ligações e planeja matá-lo ainda assim.

O incrível é como Allan Pitz conseguiu transmitir esse sentimento de loucura e de desespero pelo qual o personagem passa. Todas as suposições, suas hipóteses sempre retornando ao ponto de que o rapaz realmente vá matar sua amada, nos leva às vezes até mesmo a crer nisto.

A questão é que não chegamos a descobrir se ele realmente faria isto.

Acredito que o mais incrível do livro é o seu final: as atitudes tomadas ao fim do livro, tanto por ele quanto pela moça pela qual ele é apaixonado. Não esperava um final desses. Aliás, eu nem sabia o que esperar do final deste livro, mas de qualquer forma não era este final.

Enfim, é um bom livro e curtinho, dá para ler rápido num momento em que você não tenha mais o que fazer. Caso tenha o que fazer, recomendo ainda assim que o leia devagar. Mas o ideal é lê-lo de uma tacada só, para não perder o fio da meada do desespero no qual Luiz Aurélio se encontra.
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Euflauzino 15/04/2017

Confissões de um matador

Assim dizia o consagrado dramaturgo William Shakespeare – “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.” – frase propositalmente colocada na abertura de um dos capítulos deste livro:

“É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos.”

Assim iniciamos a leitura de A morte do cozinheiro (Above Publicações, 80 páginas), sem preâmbulos, sem meios-termos. Allan Pitz nos lança sem piedade no universo confessional de Luiz Aurélio, que vai perdendo lentamente a sanidade por conta de um amor abortado ou não correspondido.

Todo aquele que já perdeu um grande amor sabe o quão dolorido é navegar de volta à vida cotidiana. Em tempos de internet é mais difícil ainda, já que sofremos com a alegria do outro expressa em fotos e sorrisos:

“Eu via as fotos cínicas e sentia falta de mim nas imagens bobas cotidianas... sempre estavam em lugares lindíssimos, aprazíveis, verdes, festeiros; eu habitava um lugar tosco e mal acabado, um quartinho sofrível e úmido como meu rosto choroso... Eles eram felizes! Felizes, diziam as vozes! Como eu queria voar para longe daquele lugar de tantas lembranças sofridas, o cheiro dela ainda impregnava as paredes mortas de esperar por nada...”

Neste livro em primeira pessoa (narrativa sempre arriscada, ponto para a coragem do autor), o narrador dialoga o tempo todo com o leitor que, mesmo não estando desavisado se espanta, vai forçosamente tomando parte de lembranças doloridas que forjaram sua psique.

“Um namorado de infância, calhorda em vestes falsas de cordeiro que a matou sob a ponta de uma chave de fenda afiada, umas quarenta estocadas na barriga, dizia o jornal popular. As lembranças mortas voltaram vivas com a certeza da morte...”

São inúmeras citações – Machado de Assis, Nelson Rodrigues, Dalton Trevisan, Edgar Allan Poe. É preciso estar atento ao humor e à cultura de Pitz, para saborear a obra em toda sua plenitude e profundidade.

“O que seria dos pecadores sem os exemplos a saltarem dos livros?”

O livro é curto, um núcleo pequeno de três personagens, uma novela. Porém, cheio de páginas intensas com linguajar ao mesmo tempo urbano e culto, e me arriscaria a dizer “poético”.

“Nunca saberei se as verdades foram ditas ou se somente os venenos foram depositados, mas eu não poderia permitir que a sonhada noiva virginal de outrora fosse tratada como um animal abatido por aquele ser humano tão vulgar...”

No centro deste enlace dramático temos Carmen que, como na ópera Bizet, enfeitiça nosso narrador com seus encantos para depois trocá-lo, devido a algumas circunstâncias explicadas segundo a insensatez do narrador, por um grosseiro e insignificante cozinheiro.

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2017/04/a-morte-do-cozinheiro-allan-pitz.html
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Val 26/04/2013

Livro "A morte do cozinheiro"
Pra quem gosta de livros que falam sobre morte, vai gostar desse. O livro gira em torno de 3 personagens: Luiz, Carmem e Lucas.
Luiz já havia se separado de Carmem mas ainda a amava e para ele, ela era a mulher de sua vida. Mas ela já tinha outro: Lucas.
Se isso já não fosse ruim o bastante, Luiz recebe um telefonema falando que Lucas iria matar Carmem! Então, o que Luiz resolve fazer? RESOLVE MATAR O COZINHEIRO! Isso mesmo! MATAR!
Então o livro vai narrando como foi que ele resolveu matar o cozinheiro, como matou, e todo desenrolar dessa morte!




Você ai já leu o livro? O que achou?


postado em: http://revistagalaxy.weebly.com/11/post/2013/04/livro-a-morte-do-cozinheiro.html
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Tiabetok 17/03/2013

O livro é escrito na primeira pessoa, como uma espécie de diário, onde o protagonista nos fala de todo seu sentimento, suas lembranças e as causas que o levaram a matar o cozinheiro. Tendo uma linguagem fácil de entendimento e fontes grandes (o que me ajudou bastante já que estou sem meus óculos).
Nosso protagonista é Luiz Aurélio, um escritor que como todos os outros vive de sonhos e de críticas - construtivas ou não-, tinha uma vida simples e sem muito sucesso com a literatura. Casou-se com Carmem, que era o grande amor de sua vida mas como toda boa história de amor sempre tem empecilhos
, esta não podia ser diferente: além condição financeira de Luiz, sua amada vinha acompanhada do item sogra-jararaca, citada no livro sempre como a “velha bruxa”; mesmo assim os dois acabam morando juntos. No período de três anos que passaram juntos, mesmo sendo “agorados” por família e amigos, ficaram bem e dividindo alegrias, mesmo que poucas, até o dia em que Carmem perde o filho com cinco meses de gravidez e acaba voltando para a casa da mãe.
Eis que tempo depois Luiz se torna um grande escritor. Conseguira o que queria, fama, dinheiro, farras, mas não tinha sua amada ao lado. Infelizmente Carmem já estava com outro, o cozinheiro Lucas. Isso causa em nosso não-herói, vários rompantes de personalidade, horas calmo, horas com raiva, ódio e ciúmes. Esses sentimentos somados as várias ligações anônimas - que o avisavam que Lucas mataria Carmem – lhes deram a força e a coragem que precisava para acabar com o cozinheiro e ter sua amada de volta.
O livro prende muito a atenção por tratar de sentimentos reais, que de certa forma devem perturbar quem perdeu um amor. Nos deparamos com um ser humano cheio de ódio, rancor, e acima de tudo esperançoso por Luiz sempre espera o dia em que Carmem volte a ser sua. O livro só tem um problema: é curto! =]
Vale muito a pena ler “A morte do cozinheiro”
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Isabella Pina 01/01/2013

Culpado ou não?
A morte do cozinheiro é um livro difícil de digerir, por assim dizer. O que é irônico, sendo que a “vítima” (entre aspas mesmo, porque não sabemos exatamente até que ponto ele é) é um cozinheiro. De qualquer forma, o livro te deixa marcas. Não é um thriller, já que já sabemos quem matou quem. Não é um simples drama de um cara com o coração quebrado. É mais que isso. É um samba de sentimentos, felicidade, tristeza, saudosismo, ódio, todos juntos que levam o protagonista a cometer o crime.

Eu li o livro rápido, primeiro porque ele é bem curto e segundo porque, apesar de ser um livro que entra na categoria dos “fortes”, não é difícil de seguir a leitura. O que é ótimo, conseguir ser duas coisas assim não é fácil. A narrativa, pela visão de Luiz, é extremamente sentimental. Mas não num sentido igual ao que dizemos ao lermos um livro comum de young adult (porque isso também não é um YA, mas seguindo em frente). Num sentido em que todo e qualquer sentimento que Luiz sente, ele passa para nós através da narrativa sombria. Essa narrativa também não é a que nós vemos normalmente; é um pouco “poética”, ou algo assim; isso se encaixa bem com a história, com o jeito do personagem.

Esse protagonista, por sinal, é um daqueles que é inseguro, descontrolado, fraco até. Se querem saber, me lembrou um pouco o Bentinho, de Dom Casmurro (nunca li o livro, mas já vi alguns resumos e tal, então conheço até que bem a história), cheio de dúvidas e ciúmes. E acabamos ficando com dúvidas também: será que o cozinheiro, atual namorado da sua ex, é mesmo inocente? Ou será que o crime, o assassinato, teve como objetivo apenas proteger sua amada? É a grande pergunta do livro.

Eu gostei do livro, apesar de não ser o meu estilo preferencial (ok, isso soou estranho). Ele é diferente das leituras que faço normalmente, tem um quê que eu não tinha lido ainda. Eu já tinha outro livro do Allan, Um peixe de calça jeans & outras histórias, mas são livros completamente diferentes, com temáticas praticamente opostas. Então, quando comecei esse livro, na verdade eu não sabia exatamente sobre o que se tratava (a sinopse só nos mostra um pouco do livro, o que foi uma boa sacada).

Finalizando, eu recomendo o livro, mesmo que seja só para você ter uma experiência diferente da que está acostumado(a) na literatura. E escreva aí o que eu digo: os autores nacionais estão abrindo cada vez o campo de escrita e são promessas! Parabéns a Allan Pitz e todos os outros pela coragem e por nos dar a chance de conhecer seus livros!
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Ligia Paulino 21/09/2012

A Morte do Cozinheiro - Allan Pitz - Proibido para pessoas que não tem sangue frio rsrs
Fiquei conhecendo sobre o livro através de alguns blogs que sempre fico de olho nas novidades, de primeira fiquei intrigada com o titulo " A Morte do Cozinheiro", a primeira coisa que pensei foi: " será mesmo que o cozinheiro morreu? Será que ele morre mesmo?", e assim que o livro chegou que comecei a ler advinha qual a primeira coisa que ele fala já no começo? sim sim vou colocar aqui o que ele fala " È verdade, eu matei o cozinheiro, em momento algum deste livro negarei que matei..." e ai eu pensei: " bem se ele já admite que matou deveras o cozinheiro, então a história tem bem mais do que eu imaginava", e foi dito e feito, realmente bem mais.

Enquanto eu lia o livro ficava tentando ver tudo o que se passava de outro ângulo ( isso que dá assistir muito CSI - Investigação Criminal) - não vou contar mais nada se não desvendo toda a historia para você, mais confesso que a historia aflorou o meu lado investigativo ( HAHAHA - os assassinos de plantão que se cuidem rs..), resumindo o que li em duas palavras que ao meu ver passa tudo o que o que tem o livro ele é Profundo e Intenso, e portante com muito mistério, ciumes, romance Allan Pitz conquista a atenção do seu leitor completamente só consegui largar o livro assim que terminei.

Link da resenha lá no blog: http://www.ligiaeseumundo.com/2010/07/morte-do-cozinheiro-allan-pitz-novidade.html
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Outro Conceito 24/08/2012

A Morte do Cozinheiro - Allan Pitz (Outro Conceito)
O livro já começa com Luiz, o protagonista/narrador, confessando que matou o cozinheiro Lucas. Inclusive na sinopse isso já é revelado, então o mistério não é saber quem matou e sim como e por quais motivos ele cometeu o assassinato. Ao decorrer das páginas ele tenta justifica seu ato, não com a intenção de se absolver, mas para mostrar o porque ele não sente culpa nenhuma de ter feito o que fez.

Luiz Aurélio é um jornalista que se apaixona por Carmem, uma mulher que conheceu em um evento literário. Os dois começam a namorar e depois de um tempo Carmem fica grávida. Mas tudo muda quando ela perde o bebê no quinto mês de gestação. Abalada com a perda e depois de várias brigas ela decide voltar pra casa da mãe, que nunca apoiou o namoro, deixando Lucas em uma profunda depressão.

Um ano após o ocorrido, Luiz reencontra sua amada, só que ela está namorando Lucas, o cozinheiro. Depois de um longo tempo de ciúmes graças ao amor/obsessão que sente por Carmem, (uma dor de cotovelo mais intensa do que a dor de corno descritas nas canções sertanejas), ele resolve seguir em frente com sua vida. Até que começa a receber telefonemas de uma pessoa dizendo que as intenções de Lucas não são tão boas como aparentam.

Para ver a resenha inteira acesse

http://outroconceito.blogspot.com/2011/03/resenha-morte-do-cozinheiro-allan-pitz.html
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Paola 11/03/2012

Luiz é um jornalista que está sofrendo por amor. Sim... Abandonado e com uma dor de cotovelo insuportável! O livro é narrado em primeira pessoa, mostrando assim, a obsessão de Luiz por sua ex-namorada.

A forma com que a personagem vê o mundo após o término do seu relacionamento é tão irônica que torna cada página mais interessante. De tão irônico chega a ser cômico os pensamentos de Luiz.

O livro é pequeno, mas a história é muito boa... Os pensamentos de Luiz muitas vezes mostra que ele já não sabe o que é verdade ou mentira em sua vida. Tudo porque não aceita o término de sua relação. E no meio de tanto devaneio, o ódio pelo rapaz com que a sua amada se envolve toma conta de Luiz.

A leitura é rápida e o conteúdo é muito bom! E o final é o menos esperado possível, causando assim uma surpresa no leitor. Vale muito a pena ler!
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Jaqueline 30/01/2012

"A Morte do Cozinheiro" é mais um livro integrante da booktour do Selo Brasileiro. Publicado pela editora Above Publicações, esta pequenina obra conta a história de Luiz, um jornalista que é levado às raias da loucura ao ser abandonado por sua amada, Carmen.

Quem nunca sofreu uma dor de cotovelo? Quem nunca ficou remoendo mágoas ao ver as fotos do seu ex-parceiro ou parceira feliz e sorridente ao lado de um novo amor? É a partir dessa premissa que o versátil autor Allan Pitz desenvolve o drama de Luiz Aurélio, que se deixa levar pelo ódio e decide matar o atual namorado de sua ex, o tal cozinheiro do título.

Narrado em primeira pessoa pelo próprio Luiz, o livro segue um estilo psicológico intenso, praticamente confessional. Não é à toa que embarcamos nos processos mentais do nosso protagonista: a cada página mergulhamos um pouco mais em sua história de vida e em sua doença – sim, a obsessão que ele nutre pela ex-namorada é tamanha que ele se torna doente. Sua forma de ver o mundo e a humanidade é deveras peculiar e irônica, o que torna o livro muito interessante apesar de seu pequeno tamanho. De tão original o personagem, por vezes me peguei rindo com as divagações de Luiz enquanto ele planejava a execução a sangue frio de seu rival amoroso.

Se a história desenvolvida é boa, a finalização do livro deixou a desejar. Apesar da capa sensacional, que tem tudo a ver com a história, sua diagramação é ineficiente, assim como sua revisão. Esta é a segunda publicação da Above Publicações que chega às minhas mãos repleta de erros de revisão. A sensação, na verdade, é de que o livro não recebeu nenhum tratamento do gênero. Há erros de concordância, acentuação e de ortografia, nomes de bandas citados em letras minúsculas, sinais de pontuação inexistentes... Enfim, um festival de falhas que chega a comprometer a leitura em certos momentos, mas nada que uma boa revisão não pudesse corrigir.

"A Morte do Cozinheiro" é uma leitura surpreendente e, por vezes, até mesmo divertida. Polêmicas à parte, me deixei levar pela inusitada história de um crime e aproveitei a viagem, que poderia ter sido um bocado mais proveitosa se o livro tivesse recebido um pouquinho mais de atenção por parte de sua editora.
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Lais.Alencar 12/01/2012

A história de um homem que vive um amor e por circunstâncias da vida acaba se separando. Porém o sentimento continua e com ele, é claro, vem o sofrimento, a angústia, a dor de cotovelo.. Ah é, a mocinha da questão não parece compartilhar a mesma dor que Luiz Aurélio, pois começa um relacionamento novo e parece muito feliz com isso!...


Veja mais em: http://laisdoce.blogspot.com/2012/01/livro-morte-do-cozinheiro-book-tour.html
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Mari 09/01/2012

A Morte do Cozinheiro, pelo blog Hangover at 16.
[...]Sendo honesta, nem eu acreditei quando terminei a leitura no quanto minha opinião era preciptada e sem nexo. A idéia do livro acabou sendo diferente do que eu pensava, mas mesmo assim não foi ruim, pelo contrário, me surpreendeu positivamente. Gostei muito do estilo de narrativa; Os ciúmes e o amor doentio de Luiz Aurélio por Carmem são descritos com perfeição no livro. Aliás, o autor merece um elogio pela perfeição com que transmitiu as emoções nessas poucas páginas.[...]

Leia a resenha completa em:
http://hangoverat16.blogspot.com/2012/01/morte-do-cozinheiro.html
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Annie 06/12/2011

A Morte do Cozinheiro, por Ana Nonato.
Veja também em: http://seismilenios.blogspot.com/2011/11/resenha-morte-do-cozinheiro-allan-pitz.html

Espaço
Tem algumas parcas passagens, em especial a casa do narrador.

• Caracterização: Por ser um livro mais psicológico, não há grandes descrições do enredo (o que é muito coerente). As que existem são compatíveis com a proposta: subjetivas e centradas em alguns objetos especiais.

Tempo
Atualidade.

• Caracterização: Por se tratar de uma linha mais psicológica, a descrição de tal é feita de uma forma mais despreocupada mas não menos importante.

Personagens
A índole das personagens exteriores à principal não é passível de determinação objetiva, já que não se pode ter certeza do que lhes passa na cabeça. A única personagem da qual se pode ter certeza de algo é o narrador, e mesmo assim esta "certeza" só é encontrada ao final do livro, depois de toda a construção de personalidade que o enredo (e a personagem no papel de narrador) fazem.

Coerência entre espaço, tempo e personagens
Como exemplo de uma literatura psicológica, o aspecto principal com certeza são as personagens; entretanto, este não seria possível sem um respaldo mínimo de tempo e de espaço, o que este enredo cumpre com louvor.

Enredo
Em toda a história o narrador apresenta os fatos e visões diretamente ao leitor, sem truques, sem mentiras. É como se fosse uma confissão. E esta característica não se altera durante toda a história, tornando-a singular. Além disto, por ser um livro de fácil leitura, consegue atrair o leitor mais e mais para dentro do enredo de uma forma exemplar. A pergunta diferente que a história traz - Não "Quem é o assassino?" e sim "Por que o crime?" - a torna mais original e pertinente à proposta. O jeito irônico com que a "mente" do narrador trata a sociedade, os fatos e tudo o que o cerca, além de suas diferentes reações e percepções diante de temas polêmicos como a morte, tornam este livro muito interessante.

Capa e Sinopse
A capa é bonita, é pertinente ao enredo e ao título, mas poderia ser um pouco mais caprichada. A sinopse é mediana, pois apresenta muito bem o enredo, mas peca pelo excesso.

Estrutura física
O material com o qual o livro foi confeccionado é bom. A diagramação, entretanto, pode ter comprometido alguns aspectos importantes. É compreensível que, por se tratar de um enredo menor, as letras devam ser aumentadas para comportar uma melhor estrutura e visibilidade; todavia, o tamanho da fonte (e, por conseguinte, a própria fonte escolhida) podem se tornar agressivas ao leitor. A cor branca das páginas pode cansar (mesmo sendo uma leitura curta. Vale lembrar que a mente do leitor é posta à prova a todo momento; o mínimo de cansaço por fatores externos é essencial) os olhos.


Gostou da obra?
No começo, confesso que fiquei um pouco receosa com este livro. Não sou muito acostumada a livros curtos com temáticas tão polêmicas - e com o enfoque que o Allan imprimiu à obra. Com o passar da leitura, porém, fui me afeiçoando a Luiz Aurélio da melhor forma possível - já que ele, notoriamente, é um assassino. Todavia, a "afeição" que senti pela personagem principal foi bem diferente do que eu esperava. Não sei se foi o toque do humor e da ironia que presenciei durante o enredo, mas Luiz Aurélio me fez rir e só. Não me conquistou e me confundiu como, por exemplo, Gordon Reece e sua protagonista fizeram. Mas eu creio, sinceramente, que esta era a intenção. Gostei, principalmente, das últimas páginas, as mais acentuadas na ironia. Dei boas risadas... Enfim, foi uma leitura prazerosa ao final de tudo.

Avaliação
- Enredo (original, com intensidade crescente; boa escrita): 4 (ótimo)
- Capa e sinopse (poderia ser melhor; peca pelo excesso): 2 (regulares)
- Estrutura Física (bom material de capa; letras garrafais e cor branca das páginas pode exaurir o leitor.): 2 (regular)
- Espaço (caracterização simples mas de grande respaldo ao enredo.): 4(bom)
- Tempo (idem a "espaço"): 4 (bom)
- Personagens (complexidade, caracterização psicológica realista da personagem principal): 5 (ótimas)
- Fluxo narrativo (variação muito brusca de enredo em muitos momentos.): 3 (bom)
- Aspectos linguísticos (não há inconformidades): 5 (ótimos)

Nota: 3, 625 (BOM - 3 ESTRELAS)

Recomendações
A todos que queiram inovar suas leituras, mudar as perguntas.
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Susana Weiss 19/11/2011

O que mais me surpreendeu e me prendeu na obra é o tom emocionado do nosso assassino explicando seus motivos, seus amor incondicional e até doentio pela jovem moça Carmem, como ele consegui ficar com ela e como a mãe dela conseguiu separa-los,e o mais importante, nunca gostou dele, mas aceitou de bom coração o cozinheiro.
A obra é curta, o tom é raivoso, cheio de rancor e ódio pelo cozinheiro maldito que lhe roubou a felicidade, mostra a dor de um homem que perdeu a mulher amada e tomou a atitude mais drástica do mundo, MATOU o cozinheiro que Luiz, nosso assassino, julga ser o responsável por tudo isso.
...
o restante em http://ladyweiss.blogspot.com/2011/11/resenha-morte-do-cozinheiro.html
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