LER ETERNO PRAZER 22/08/2019
Em "Coma",(escrito nos anos 1970), Cook narra um thriller com um enredo empolgante, A narrativa é ágil, rápida,(talvez até demais). O autor aborda(diante de uma pequena pesquisa que fiz) um tema que era comum nos anos 1970 -- o machismo dos médicos, que não viam com bons olhos as "mulheres médicas" -- embora hoje isso não seja relevante,visto que temos ótimas médicas e muito respeitadas.
A trama de "Coma" irá gira em torno de, Susan Wheller(estudante do segundo ano de medicina), pacientes relativamente jovens e saudáveis que, sem mais nem menos, entram em coma e mais um punhado de personagens que orbitam em torno do Hospital e vai nos levar aos subterrâneos dos grandes centros médicos, a corridas através da noite, a salas de cirurgia frias e assustadoras, etc. Wheller começa a investigar as causas de tantos comas e que a maioria acontecem em uma sala de cirurgia especifica.
Essa investigação é o ponto chave do enredo portanto não tenho como detalhar para não soltar spoiler. Mesmo para quem não é afeito a terminologia técnica da medicina, o livro tem uma narração simples, desenvolta e uma ação que converge rapidamente para um final totalmente inesperado. Tão inesperado que ficamos assim: ué já... E fica aquela sensação de que... E o que mais, como, isso...?
O final, para mim deixou a desejar e o desenlace da personagem principal, suponho, deveria ter tido mais atenção. A impressão que dá é de um corte abrupto - uma cirurgia, se preferirem rsrs. Ficamos ali, lendo e relendo os últimos parágrafos e pensando sobre todas as possíveis implicações daquelas cenas finais... mas fica ao critério de cada leitor. Um final sem um FINAL, da maneira como todos os leitores teriam preferido, com certeza. Nossa imaginação é a responsável por tudo o que poderia ter acontecido depois. E finais assim, geralmente não costumam agradar a muitos leitores. Mas que não tira a qualidade do livro. Muito bom! Não ótimo, excelente, mas sim um bom livro.