Helena Eher 07/04/2015
John Carter!
O livro “Uma Princesa de Marte” foi escrito por Edgar R. Burroughs (mesmo autor de Tarzan) em 1912. Ele se inspirou nas descobertas feitas por Giovanni Schaparelli, em 1877, que observando Marte, identificou, pela primeira vez, seus canais, fazendo com que algumas pessoas acreditassem na existência de vida no planeta.
John Carter é o típico herói americano que nos conta sua experiência de ir para Marte (Barsoom, na língua dos marcianos). Nem ele, e consequentemente nem a gente, sabe muito bem como isso aconteceu.
Chegando lá, ele nos descreve como é o planeta e os povos que os habitam. Nem todos os povos são iguais, os Tharks (marcianos verdes que capturam John Carter) são guerreiros em sua essência, não há família, não há bons sentimentos e não há laços. De fato, todos os povos de Marte estão em guerra constante.
Os Tharks também capturam Dejah Thoris, princesa de Helium (um povo mais parecido com os humanos, tanto fisicamente como moralmente).
Nosso herói, que tinha sido um soldado na guerra, ajudado pela falta de gravidade do planeta se torna um guerreiro invencível em Marte. Luta com os maiores, luta com quatro ao mesmo tempo e sempre sai vitorioso. Ele encontra Dejah Thoris e resolve ajudá-la a fugir. Em meio a tanta guerra, surge o amor.
O livro continua com John Carter narrando as inúmeras dificuldades e aventuras que eles enfrentam nessa jornada.
O fato do livro ser narrado em 1a pessoa, ajuda bastante na parte de descobrimento de um novo planeta, pois temos alguém que nos conta o que vê de um ponto de vista muito parecido com o nosso. E a descrição do livro é fantástica!! Burroughs, simplesmente, construiu um planeta inteiro! Desde então, ainda imaginamos os marcianos como seres verdes, agressivos e não civilizados.
Li o livro em inglês e a leitura transcorreu bem. Gostei bastante da história e do romance simples que ela nos traz, não tem como não torcer pelo casal.
O fim, apesar de um pouco esperado em função do começo da história, me deixou um tempo sem palavras, não queria que fosse desse jeito, mas acho que foi uma escolha bem esperta da parte do autor.
Sua série sobre Barsoom possui 11 livros e espero ler mais alguns deles no futuro.
Coincidentemente, passou o filme “John Carter” (2012) na televisão depois que terminei o livro. E, sério, nada a ver! Me lembrou as adaptações de Percy Jackson, na qual eles mantém os nomes das personagens e algumas atitudes isoladas, mas fazem um roteiro totalmente novo! Nesses casos, sou a favor de darem um novo nome ao filme (não basta colocar o nome da personagem principal como título) e colocar na abertura, em letras miúdas, “inspirado no livro…”, seria mais honesto.
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