The House in the Cerulean Sea

The House in the Cerulean Sea TJ Klune




Resenhas - The House in the Cerulean Sea


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Camilla 15/09/2020

Um docinho de leitura
Se você ama Harry Potter, tenho certeza de que vai amar The House in the Cerulean Sea também.

Essa é a história do Linus. Ele trabalha para um órgão que fiscaliza orfanatos de crianças mágicas e recebe a oportunidade de ir para um orfanato com crianças de mais alto nível de peculiaridade. A partir daí, ele sai completamente da sua zona de conforto e seguimos sua trajetória.

As resenhas estavam certíssimas: esse é um livro extremamente fofo e é equivalente a um abraço literário. Os personagens são divertidos, a história tem praticamente nenhum conflito e a ambientação é perfeita para que a magia tome conta. Me lembrou muito a experiência de ler Harry Potter, principalmente pela narrativa infantojuvenil. Eu gostei do audiobook, mas o narrador é bastante teatral nos diálogos, então ele polariza os ouvintes.

Fica a dica para quem procura uma leitura fácil e com escapismo garantido.
Biggie 15/09/2020minha estante
Gostei bastante da sua resenha. Me convenceu a ler também! :)


Camilla 15/09/2020minha estante
Obrigada! ??
Espero que goste do livro :)


Biggie 15/09/2020minha estante
? ??


Tayanne Lobão 25/06/2021minha estante
Olá! Você comprou ele físico ou baixou? Estou procurando para ler!


Camilla 25/06/2021minha estante
Baixei mesmo :)


Tayanne Lobão 25/06/2021minha estante
Pode me dizer onde por favor?


vida 05/02/2022minha estante
leu por onde amg?


Camilla 05/02/2022minha estante
Baixei no VK




lonelvs 17/01/2024

Esse é o primeiro livro do TJ que eu gostei de primeira. o livro é reconfortante e traz bastante reflexões, algumas que vem dos diálogos entre arthur e linus que chegam até ser chatos e exagerados, mas seguem totalmente o fluxo da história de dois homens carinhosos, cada um de uma forma. me peguei envolvida com tantos personagens cativantes e amei o desenvolvimentos de todos eles. terminei a leitura com o coração quentinho ?
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Queria Estar Lendo 20/05/2022

Resenha: The House in the Cerulean Sea
Sabe quando você se apaixona por absolutamente tudo em uma história? Por cada cena e personagem? Minha leitura de The House in the Cerulean Sea foi exatamente assim. T.J. Klune conta uma história sobre o mágico, o temido e o solitário com maestria e empatia.

Linus Baker tem quarenta anos e uma vida bastante calma. Ele trabalha no Departamento Responsável por Crianças Mágicas, monitorando orfanatos registrados ali por serem o lar de crianças nascidas do fantástico. Até o momento, a vida de Linus segue a mesma rotina monótona e sem grandes reviravoltas, muito obrigada.

Até que ele é convocado pela Administração Extremamente Superior para cuidar de um orfanato particularmente complicado. É de nível quarto na classificação sigilosa, o que significa que é muito sigiloso. Linus vai passar um mês por lá, para investigar as crianças registradas no lugar e o cuidador responsável.

Ao viajar até aquela solitária casa no mar cerúleo, Linus não esperava encontrar um caos tão simpático quanto o que existe no orfanato. E não esperava se sentir tão... em casa, quanto parece se sentir ali.

The House in the Cerulean Sea é um livro lindo. Querido. Fofo. Confortador. Familiar. É um abraço quentinho que você recebe de alguém muito amado. É um sopro de esperança e de calor no seu coração.

"Acho que vai perceber que o impossível é mais acessível por aqui do que você foi levado a acreditar."

A história de Linus Baker, de Arthur Parnassus e das crianças do orfanato mágico naquela solitária ilha cercada pelo mar cerúleo é, sem sombra de dúvidas, uma das mais bonitas que eu já li.

T.J. Klune fala sobre família, amor e pertencimento de maneira simples, e por isso tão cativante. A narrativa dele nos familiariza ao Linus, às crianças, ao Arthur e à ilha de tal modo que você se sente parte da história. Você quer que tudo fique bem. Que essa investigação mostre ao Linus, e ao Departamento, o quanto aquele é um lar acolhedor.

Nesse mundo, algumas pessoas nascem mágicas e passaram a ser registradas para manter o controle; crianças mágicas existem em orfanatos por todo lugar, e o trabalho de Linus sempre foi o de observar e registrar suas impressões sobre esses ditos lugares.

"Eles temem o que não entendem. E esse medo se transforma em ódio por razões que não sei se consigo compreender."

Nunca foi o de interagir, muito menos entender a realidade dessas crianças. A partir do momento em que Linus sai da sua bolha e passa a olhar para a realidade fantástica, e muitas vezes solitária, das crianças, toda a história dá um giro muito bem-vindo.

Sua convivência com as pestinhas que vivem na ilha é um deleite pra quem está lendo, porque é tão real. As crianças são carismáticas, cheias de personalidade e peculiaridades; seus diálogos, suas interações, todos os momentos em que aparecem, eles existem.

Talia, Phee, Theodore, Chauncey, Sal e Lucy são as crianças mais fofas da literatura. Cada um deles têm uma vivência mágica diferente, traumas que fragilizam e momentos que mostram suas forças. Sal foi o mais doloroso de ler, e também o mais esperançoso de conhecer. Cada um deles representa parcelas de crianças esquecidas pelo mundo inteiro; tire a mágica e você tem a realidade encontrado em muitos orfanatos.

"São as pequenas coisas. Pequenos tesouros que encontramos sem conhecer sua origem."

E também tem a curiosidade, a ânsia por conhecimento, por viver, por entender, por amar, por se divertir. The House in the Cerulean Sea é um livro tão doce e gentil com a história que está contando que, por muitas vezes, eu tive que parar de ler de tanto que estava chorando.

Talia e seu jardim magnífico; Phee e sua ligação com a natureza; Theodore e seu tesouro inestimável; Chauncey e a sua incrível habilidade de ser um carregador de malas de hotel; Sal e sua timidez gentil e empática; Lucy e sua herança maligna e um coração gigantesco.

Não apenas eles, mas a ilha vive através de Zoe, um ser mágico que cuida do lugar e o protege daqueles que podem fazer mal. Cheia de personalidade e de presença.

A jornada do Linus envolve encontrar seu lugar, deixar de viver essa rotina e abraçar a aventura que fez tanto pelo seu coração e pela sua vida. A das crianças, existir. Em todas as suas nuances, mágicas e peculiaridades. A de Arthur... É um mistério, e um muito bem-vindo porque se entrelaça diretamente ao Linus.

Onde Linus é contido, Arthur é um coração aberto para o mundo. Com seus mistérios, mas é um cuidador que se importa, que entende as crianças melhor do que ninguém. E ele e Linus formam uma relação de confiança, de amizade e aquela faísca de romance slowburn deliciosa que faz a gente querer chorar. Porque está ali; o lar, a família, o amor. Só falta o Linus abraçar isso!

"Arthur riu. Linus ficou desconfortável com o quanto ele gostava daquele som."

A narrativa do autor é sublime na simplicidade. É poética, e muito focada em mostrar a força do amor, da confiança e da família - aquela que a gente escolhe, aquela que faz tudo e mais um pouco pelo nosso bem.

The House in the Cerulean Sea é uma história perfeita do começo ao fim. É emotivo, é engraçado, oferece conforto e palavras sábias. É um abraço amigo, familiar e amoroso.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2022/05/resenha-house-in-cerulean-sea-tj-klune.html
jusousan 20/05/2022minha estante
quero muito esse livro logo ?




Deise 12/05/2022

Quando eu comecei esse livro estranhei a narrativa, era muito infanto-juvenil. E por isso pensei que ia me decepcionar, já que infanto-juvenil não faz mais meu tipo de leitura. Mas tive uma bela surpresa, nos 10% do livro já estava soltando altas gargalhadas. E aos poucos esse livro foi me ganhando cada vez mais. Os personagens são bem construídos. O universo da fantasia é muito idêntico com o mundo real, mas isso não me incomodou. Não imaginava que nesse livro ia ter assuntos tão delicados, e o incrível que foi tratado de forma real e respeitável. Os assuntos é focado em preconceitos, principalmente com as criaturas mágicas que são tratadas de forma cruel e são denominadas de "aberração". Mas eles são apenas crianças! Esse livro fala sobre aceitação, sexualidade(de forma rasa e natural, já que não é o foco da história), raça, origem, amor, lar, empatia e esperança. Todos esses tópicos são tratados com sensibilidade e leveza. Eu amei todos os personagens(as crianças são uns amores), me identifiquei com vários e torci para todos. Foi uma história muito gratificante, o entusiasmo foi grande que me senti lá na ilha com eles. Além disso, tem várias frases reflexivas, fiz muitas anotações kkkk. Quero logo esse livro publicado no Brasil. Quero ele na minha estante! Favoritado!
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"? Às vezes nossos preconceitos influenciam nossos pensamentos quando menos esperamos. Se pudermos reconhecer isso e aprender com isso, podemos nos tornar pessoas melhores."
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"E eu me recuso a acreditar que o caminho de uma pessoa está gravado na pedra. Uma pessoa é mais do que de onde vem."
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"As coisas que mais tememos costumam ser as que menos devemos temer. É irracional, mas é o que nos torna humanos. E se formos capazes de vencer esses medos, então não há nada de que não somos capazes."
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"? Porque as pessoas não são pretas e brancas. Não importa o quanto você tente, você não pode permanecer no mesmo caminho sem distrações. E isso não significa que você é uma pessoa má."
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"Essas crianças enfrentam nada além de noções preconcebidas sobre quem são. E eles crescem e se tornam adultos que sabem apenas o mesmo. Você mesmo disse: Lucy não era quem você esperava que ele fosse, o que significa que você já havia decidido na sua cabeça o que ele era. Como podemos combater o preconceito se nada fazemos para mudá-lo? Se permitirmos que apodreça, do que adianta?"
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"?Palavras podem machucar também
?Eu sei. Mas devemos escolhear nossas lutas. Só porque outra pessoa age de determinada maneira, não significa que devemos responder da mesma maneira. É o que nos torna diferentes. É o que nos torna bons."
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"? As pessoas são péssimas, mas às vezes, elas deveriam simplesmente se afogar em sua própria sucção sem a nossa ajuda."
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"A mudança vem quando as pessoas querem o suficiente"
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"? Uma casa nem sempre é a casa em que vivemos. São também as pessoas de quem escolhemos nos cercar."
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"? Não. Não é. A vida raramente é. Mas lidamos com isso o melhor que podemos. E nos permitimos esperar o melhor. Porque uma vida sem esperança não é uma vida vivida."
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"? Sou apenas papel. Frágil e fino. Sou erguido contra o sol e ele brilha através de mim. Eu sou escrito e nunca poderei ser usado novamente. Esses arranhões são uma história. Eles são uma história. Eles contam coisas para os outros lerem, mas eles só veem as palavras, e não o que as palavras estão escritas. Sou apenas papel e, embora haja muitos como eu, nenhum é exatamente igual. Eu sou um pergaminho ressecado. Eu tenho falas. Eu tenho buracos. Me molhe e eu dissolvo. Ponha fogo em mim e eu queimo. Pegue-me em mãos endurecidas e eu desmorono. Eu rasgo. Eu sou apenas papel. Frágil e fino."
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"? Qual o nome dele?
? E é assim que eu sei que este poderia ser o lugar para ele, porque você não me perguntou o que ele era, apenas quem ele é."
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lkmachado 23/02/2023

Peguei esse livro porque estava sedenta por uma história que tivesse crianças desajustadas e configuração emocional de família, e ele entregou lindamente! Além disso, tem representatividade queer entre adultos +40, o que eu definitivamente não esperava. Aconteceu como de costume quando se diz respeito à mim: se tem criança eu choro. Só não dou 5 estrelas porque eu queria ver mais o desenvolvimento do afeto entre o Linus e as crianças, mas sem dúvida é uma leitura sensível, bem humorada e gostosa de experienciar.
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Naty__ 25/08/2022

Essa edição lida é de português de Portugal, pela editora Desrotina. Para ler a edição brasileira é pela editora Morro Branco.

Deixo abaixo alguns trechos que selecionei durante a leitura:

"Devemos arranjar sempre tempo para as coisas de que gostamos. Se não o fizermos, podemos esquecer-nos de como ser felizes."

"As coisas que mais tememos são geralmente as coisas que menos devemos temer. É irracional, mas é o que nos torna humanos. Agora, se formos capazes de vencer esses medos, não há nada de que não sejamos capazes."

"A humanidade é tão estranha. Se não estamos a rir, estamos a chorar, ou a fugir para salvar as nossas vidas porque há monstros a tentar comer-nos. E nem sequer precisam de ser monstros verdadeiros. Podem ser aqueles que inventamos nas nossas cabeças."

"Porque tal como os gatos nos podem indicar coisas sobre as pessoas, também podemos sempre avaliar uma pessoa pela forma como ela trata os animais. Se houver crueldade, essa pessoa deve ser evitada a todo o custo. Se há bondade, gosto de pensar que isso é a marca de uma boa alma."

"As pessoas não prestam, mas às vezes é melhor que se afoguem na sua própria porcaria sem a nossa ajuda."

"A nossa casa nem sempre é o local onde vivemos, são também as pessoas pelas quais escolhemos rodear-nos."

"Porque é que a vida não pode funcionar da maneira que queremos? Qual é o sentido de vivermos se só fazemos o que os outros querem que façamos?"
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Dora 08/01/2022

"Esse livro está bem perto de ser perfeito"
Essa foi a promessa que me fizeram antes de embarcar nessa aventura: que seria bem perto de ser perfeita. Confesso que no começo fiquei com um pé atrás, afinal foi meu primeiro livro de fantasia desde que havia lido Harry Potter com uns 12 anos. Admito que demorei bastante para passar das 200 primeiras páginas, mas a história e os personagens foram crescendo em mim ao longo da narrativa, e aos poucos, junto com o Linus, fui aprendendo a amar tanto essa ilha, esse orfanato, e essas crianças. O romance é a coisa mais linda do mundo! O Arthur é a personificação de um Golden Retriever versão humana e eu sou completamente apaixonada por ele. Esse livro tem tudo de mais puro do mundo, me emocionei diversas vezes, mas me senti em casa também. Ao fim dessa jornada posso dizer com toda a certeza: ele está bem perto de ser perfeito. Perto até demais.
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malu_peres 02/07/2021

I am but paper
Queria fazer uma resenha mais impessoal, mas seria injusto considerando o quanto que esse livro me tocou e mexeu comigo. Quase como um filme do Studio Ghibli ou um desenho dirigido por Tim Burton, The House in The Cerulean Sea carrega um sentimento tão mágico e fascinante que envolve o leitor a algo semelhante a um abraço. A escrita e enredo se desenrolam lindamente e, ainda que o final seja previsível, amarra todas as pontas nas últimas páginas. A proposta aqui não é um baita conflito e reviravoltas, não. É uma história sobre amor, carinho e cuidado que enche o coração de esperança. Um desenvolvimento gradual de relações que arranca diversos suspiros e emoções de seus leitores a cada diálogo, a cada capítulo. Recomendo a todos.
Ester 02/07/2021minha estante
Eu quero muito ler esse livro, onde vc comprou?


malu_peres 02/07/2021minha estante
meu, eu baixei mesmo, se quiser te passo o site


Ester 02/07/2021minha estante
Vou adorar :)




Pih Lima 30/08/2023

Livro conforto
Pensa em um livro fofo, é esse aqui.
As crianças, a ingenuidade, como a relação entre as crianças e o Linus vai se intensificando, é tudo lindo.
Foi uma leitura muito gostosa, me tirava sorrisos o tempo todo.
Quer algo fofo, mas nem por isso bobinho? Leia ele.
Matheus 30/08/2023minha estante
Eu amo tanto esse




Coruja 08/09/2020

Descobri esse livro logo no começo da quarentena, porque ele era citado em mais de uma lista de recomendados para "sobreviver a esses tempos difíceis". O título e a capa me chamaram a atenção, assim como o fato de que era um lançamento da Tor Books, uma editora que tem se preocupado em trazer histórias e autores com diversidade para seu catálogo. Tudo o que li lançado por eles - incluindo os muitos contos publicados no Tor.com - me interessou e surpreendeu, de forma que coloquei The House in the Cerulean Sea na lista.

Linus Baker, protagonista e narrador do livro, é um assistente social do Departamento Encarregado da Juventude Mágica (DICOMY em inglês). Ele passa seus dias supervisionando crianças com poderes extraordinários em orfanatos governamentais, levando uma vida solitária numa casa minúscula, com uma gata voluntariosa chamada Calliope e seus discos de vinil. Até que ele é chamado para investigar um orfanato na Ilha Marsyas, que abriga seis crianças ainda mais diferentes do padrão com o que ele está acostumado - uma das quais é o próprio Anticristo - além de uma fada adulta e o mestre do orfanato, o misterioso e carismático Arthur Parnassus.

Vou começar dizendo de cara que fazia muito tempo que um livro não me conquistava dessa maneira (acho que a última vez foi com A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil). Não tanto pelo enredo em si, mas pela galeria de personagens, e pelo senso que a jornada ao lado deles desperta. Comecei e não queria largar o livro mais; ao mesmo tempo, não queria que terminasse. Ao chegar ao final, tudo o que eu queria era permanecer naquele mundo mágico criado por T. J. Klune.
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“A humanidade é tão estranha. Se não estamos rindo, estamos chorando ou correndo para salvar nossas vidas porque monstros estão tentando nos comer. E eles nem precisam ser monstros de verdade. Eles podem ser os que inventamos em nossas cabeças. Você não acha isso estranho?”
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Senti muitas influências familiares durante a leitura. O começo, com suas descrições da máquina burocrática em que Linus trabalha, a sensação de estar sendo vigiado, os pôsteres que incentivam delatores para tudo o que é diferente do padrão naquela sociedade, fizeram-me pensar em 1984. Ao mesmo tempo, o trabalho de Linus com crianças diferentes e possuidoras de poderes extraordinários - e algo do idealismo dele que sobrevive mesmo a um ambiente tão estéril - fizeram-me pensar em X-Men: First Class. E aí tem a introdução do Anticristo e o relacionamento entre Linus e Artur e algo na dinâmica deles me fez pensar em Aziraphale e Crowley de Belas Maldições.

Essa familiaridade, contudo, é um verniz, porque há muito mais de surpreendente em The House in the Cerulean Sea, começando pela escolha de narrador. Num livro de personagens com poderes surpreendentes, o protagonista é completamente humano, um burocrata de 40 anos, sem grandes traumas ou neuroses, que acredita na importância do próprio trabalho e procura ser, acima de qualquer coisa, ele mesmo. Além disso, numa história que traz como uma das fontes de conflito o Anticristo, você espera no mínimo que ‘O Fim dos Tempos como Conhecemos’ seja uma ameaça catastrófica, mas a verdade é que não há nem de longe risco de Apocalipse aqui. O cerne da história é algo muito mais prosaico: o medo do diferente, do Outro; o preconceito que advém daí; e a procura pelo seu lugar no mundo.

Embora haja alguns temas fortes aqui - que vão de preconceito a negligência estatal e mentalidade de multidão, passam por abuso, desobediência civil, e tocam em depressão e questões de moralidade -, não se trata de um livro pesado. Ele não varre para debaixo do pano os problemas; há discussões sobre os maus tratos sofridos por algumas das crianças antes de chegar a Marsyas, além de cenas de intolerância e discurso de ódio. Paralelo, contudo, há mudanças de comportamento, pessoas que “furam suas bolhas” e se permitem enxergar o mundo em sua diversidade. Mais importante aqui é o fato de que há esperança de mudança real, de desaprender comportamentos tóxicos com que crescemos nossa vida inteira e ouvir o outro.. E tudo isso é parte de uma corrente submersa mais séria no enredo extraordinariamente divertido, do tipo que te faz gargalhar histericamente, e se mistura com o romance confortável que se desenvolve entre Linus e Arthur.
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“O ódio fala alto, mas acho que você aprenderá que é porque são apenas algumas pessoas gritando, desesperadas para serem ouvidas. Você pode nunca ser capaz de mudar suas mentes, mas contanto que você se lembre de que não está sozinho, você vai superar.”
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E sim, o romance é uma das coisas mais legais do livro, que se desenvolve naturalmente, entre debates de filosofia (Kant, sério?) e aventuras com as crianças, sendo um relacionamento pelo qual eu torci um bocado. Na verdade, fiquei com muita vontade de ler um pouco do ponto de vista do Arthur, porque Linus não tem uma visão realista de si mesmo, sempre se colocando menor do que é. Talvez porque seja necessário a Linus o convívio em Marsyas para encontrar em si mesmo a coragem de dizer o que pensa e enfrentar seus medos - embora ele tivesse muita facilidade antes de se posicionar se fosse em defesa do outro em vez de si mesmo.

O elenco infantil rouba a cena constantemente, com suas perguntas inconvenientes, sinceridade brutal, senso de humor por vezes insano, e tentativas de juntar Linus e Arthur. Sou incapaz de decidir qual deles é meu favorito: Lucy, o Anticristo (“mas não usamos essa palavra aqui”) de seis anos, com seu humor macabro e seu gosto para canções da era de ouro do Rock (descobri várias playlists no Spotify com as canções citadas!); Talia, uma gnomo sempre cuidando do jardim e ameaçando estranhos com sua pá; Theodore, um wyvern atrás de botões para seu tesouro; Sal, que quando assustado se transforma num cãozinho pomeriano e é um poeta em desenvolvimento; Chauncey, que ninguém tem muita certeza do que é, mas sonha em se transformar num carregador de malas de hotel; Phee, uma fada capaz de fazer crescer florestas.

Terminei a leitura com um sorriso que ia de orelha a orelha e uma sensação de acolhimento, segurança. The House in the Cerulean Sea aperta todos os meus botões e acerta num dos meus tropos favoritos: encontrar uma família e um lugar para chamar de seu. Vi muita gente comentando no Goodreads que o livro era “como um abraço” e concordo com essa imagem. Há algo de mágico, de encantador, fantástico na forma como o enredo flui, como nos envolvemos com todos os personagens. Meu livro favorito do ano... pelo menos, até o momento (afinal, ainda temos três meses para o ano acabar).
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"Um lar nem sempre é a casa em que vivemos. São também as pessoas de quem escolhemos nos cercar. Você pode não viver na ilha, mas não pode me dizer que não é seu lar. Sua bolha, Sr. Baker. Foi estourada. Por que você permitiria que crescesse ao seu redor novamente?"

site: https://owlsroof.blogspot.com/2020/09/encontrando-um-lar-para-chamar-de-seu.html
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driana 04/07/2022

Como não se emociona?
Esse livro é de longe o melhor livro que li esse ano. Você se apaixona por absolutamente sobre essa história: os personagens, as relações criadas entre eles, as cenas, a escrita e criatividade na criação do mundo. No fim, é difícil não se emocionar com a escrita do TJ Klune. Eu não quis apressar a leitura porque queria aproveitar cada minuto desse livro.
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wonderr 07/02/2024

Perfeito
Precisei pensar muito antes de escrever essa resenha, porque esse livro me abalou muito. ele merece todas as estrelas.

o livro segue a história de linus, cuja função é investigar os muitos orfanatos de crianças mágicas. ele é enviado pra passar um mês em uma ilha, observando um orfanato específico, com crianças (e um mestre) problemáticos e perigosos. e sua única regra é não se aproximar.

eu adoro a escrita do tj klune desde que li wolfsong (um dos meus livros favoritos), sempre achei muito única e característica. nesse livro, teve momentos em que eu achei meio exagerado, mas ainda sim, funcionou bem na história. eu adoro como ele escreveu e desenvolveu o linus e todos os personagens que ele interage. era óbvio, pela sinopse, que ele ia sim se apegar nas crianças, mas o desenvolvimento da relação deles foi muito lindo e crível, eu conseguia ver como eles se aproximavam e como a família deles tinha potencial.

não quero falar muito dos personagens por spoiler, mas as crianças são tão queridas. ler sobre elas me fez me sentir tão apegada quanto o linus, elas são uns amores e tão carismáticas. ver como elas eram honestas e verdadeiras, mas ainda se preocupavam em sempre deixar claro pro linus como o orfanato era uma casa pra elas, que eles gostavam de morar lá. aplausos pro tj klune de novo pela criação deles.

e o romance do linus com o arthur também foi desenvolvido de maneira tão impecável, eu conseguia sentir o amor do arthur pelo linus, como eles aprenderam a confiar um no outro, a acreditar um no outro. (quando o linus chamou ele de arthur pela primeira vez, ao invés do sobrenome, eu tive que dar risadinhas sozinha em casa). o arthur é um personagem muito legal de se ler sobre, e ler as interações dele com as crianças do ponto de vista do linus me fez me apaixonar por ele também.

é um livro lindo e fofo sobre amor, e eu mal posso esperar pra ler o próximo.
@thamilleviana 07/02/2024minha estante
Eu AMOOOO esse livro. Terminei ele com um quentinho no coração ???




Gislaine 29/10/2021

Queria mais aaaa
Que livro perfeitinho! Desde do momento que o Linus conhece as crianças foi só perfeição, a interações de todos ali na ilha é um amorzinho, que te faz dar umas altas risadas e depois aperta seu coração por algumas questões. Esse é autor é perfeito escrendo sobre o tema família, sobre isso não ser apenas familia por sangue e sim ser também sobre aquelas pessoas que convivemos e amamos. E nossa tem todas umas analogias que vc pode tirar dessa história e refletir sobre a vida. Esse livro, eu diria, que é bem atípico, tem uma trama sessão da tarde diferenciada, onde os personagens são diferente e a trama simples, mas atípica, e com uma pitada de romance no ar.
Aí gente que amor esse livro, serio, esse autor foi uns dos melhores achados de 2021. LEIAMMMM
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 03/09/2021

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Linus Baker é um assistente social do Department in Charge Of Magical Youth (Departamento Encarregado da Juventude Mágica). Um certo dia ele é chamado pelo Extremely Upper Management (Administração Extremamente Alta) que lhe dá uma tarefa curiosa e de alta classificação: inspecionar o orfanato localizado na Ilha Marsyas. Com o passar do tempo convivendo com as crianças "super perigosas" e seu cuidador, Linus vai descobrir que há muito mais naquele orfanato do que é dito nos arquivos.

The House in the Cerulean Sea é uma história bem fofinha e divertida. Assim como Linus, é impossível você não se deixar envolver e se importar com as crianças residentes naquele lugar. E quando você descobre a história de cada um, aí mesmo que você deseja protege-los de todos os males. Afinal, mesmo que o grupo seja formado por um anticristo, wyvern, gnomo-fêmea, sprite, uma forma desconhecida e um metamorfo, e que seja dito que são altamente perigosos, eles são apenas crianças.

Linus até tenta ser bastante objetivo e manter uma certa distância de todos, mas isso se torna meio impossível já que ele realmente se importa com o bem-estar das crianças dos orfanatos que visita. O desenvolvimento do relacionamento dele com as crianças, principalmente Lucy (aka o Anticristo) é bem bonito e bastante divertido.

Eu já vi muita resenha vendendo essa história como um grande romance LGBT+, mas não é bem assim. Há sim um pequeno romance, mas é desenvolvido em plano de fundo e de forma sutil. Apesar de ser quase um instalove ele é bem fofinho, porém não é nem de longe o foco aqui. Então, se você está procurando um romance LGBT+ bastante avassalador aqui, sinto muito mas você está no livro errado.

A escrita do autor é bem fácil e simples, visto que o público do livro é a galera infanto-juvenil. Apesar de alguns capítulos serem um pouco grandinhos, a leitura é bem fluída e o fato das crianças serem um amor faz com que você se envolva e não queira parar.

Sobre a polêmica envolvendo a criação da história, eu fiquei sabendo após ter inicado a leitura e eu decidi continuar para poder comentar com propriedade. Há uma leve analogia ao evento que o autor diz ter se inspirado, porém como não é meu lugar de fala, não posso afirmar com certeza se há elementos que indiquem apropriação cultural.

The House in the Cerulean Sea é sobre encontrar sua família, é sobre encontrar seu lugar no mundo, é sobre pertencer, e é, principalmente, sobre as pessoas pelo que elas realmente são.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2021/09/resenha-713-the-house-in-the-cerulean-sea.html
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@emcadacapa 26/04/2021

M A R A V I L H O S O !
Linus Baker é um funcionário do DICOMY (algo como Departamento Encarregado de Jovens com Habilidades Mágicas), um funcionário que segue a risca as regras e regulamentos da empresa. Por ser assim, Linus recebe a tarefa de ir a um determinado orfanato para saber se as 6 crianças que lá vivem podem acabar trazendo o que conhecemos como fim do mundo.
Talvez essa seja a melhor de começar a falar sobre The House in the Cerulean Sea.

Aqui somos apresentados a essas seis crianças, ao diretor do orfanato, Arthur, e a Zoe que ajuda a cuidar de tudo. Conforme você vai se aprofundando na história é impossível não ir se apegando, é como se estivéssemos vivendo através de Linus, tendo experiencia de toda a mudança que vai ocorrendo dentro dele. Essa história fala sobre julgar alguém por um titulo que lhe foi imposto, sem ao menos ter tido a chance de conhecer a real pessoa ali, fala sobre o não entender, não conhecer que se torna medo e cresce para um preconceito cego e perigoso. Mas também fala de amor, de afeto, carinho e cuidado. Sobre aceitação e sobre fazer o bem.

Destaque total para Talia e Lucy, que são uma gnomo e Lucy? Bom, Lucy você precisa conhecer durante a leitura, e é bom que você leia se não quiser que ele faça seu sangue ferver e cozinhe todos os seus orgãos internos ao colocar o mundo em chamas. Fofo demais ele!

TJ Klune constrói uma narrativa tão fluida que você não quer parar de ler, você ri, se emociona e sente tudo o que ele quer que você sinta durante a leitura. É um dos livros mais apaixonantes que já li (e agradeço ao @matt que panfletou tanto hahahah).

Em breve o livro será lançado no Brasil, ainda esse ano pelo que sei, porém ainda não tenho conhecimento de por qual editora (temos nossas preferências, né?), mas o importante é que essa linda história vai poder alcançar ainda mais pessoas.
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