O Peso Do Silêncio

O Peso Do Silêncio Heather Gudenkauf




Resenhas - O Peso do Silêncio


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Anne Mortensen 08/03/2014

Uma certa força
De início a história se atenta demais no passado dos principais envolvidos na trama, já que uma criança desaparece e as buscas começam. O prólogo é uma pista de que Calli, criança que não fala por causa de um trauma, será encontrada e todo o desenrolar avança para a ação de cada envolvido para encontrá-la a partir do primeiro capítulo.

Com o sumiço da menina, percebe-se que Petra, melhor amiga dela, desapareceu também. As buscas pelas duas traz à tona as falhas, os medos, a ansiedade, as inseguranças de cada um em relação ao que fizeram para chegar até ali e ao mesmo tempo, o que tirariam de lição dessa história.

As reflexões que os personagens levantam são muito importantes para poder entendê-los em sua totalidade. Por isso quando Ben, o irmão de Calli chegou a ser acusado de ter machucado Petra, pois foi o primeiro a encontrá-la na floresta, sua mãe Antônia e o assistente de xerife Louis recusam a ideia facilmente. Ben foi um irmão cuidadoso e atencioso com Calli e a ligação deles sempre reconhecida entre eles. Da mesma forma, quando Griff, o pai de Calli foi acusado, o medo de confirmar essa hipótese esteve evidente na relutância de Antonia em não perguntar para os filhos, no hospital, quem os havia machucado.

Então, as longas descrições e a constante recordação dos personagens em capítulos recorrentes foi de grande importância para entender porque apesar da vida que tinha ao lado do marido, Antonia permanecia com ele; por que o próprio Griff era tão inconstante e fora de si, trocando a família que amava pela bebida; por que a menina que era tão ligada ao pai, de repente passou a temer a sua presença; por que o xerife Louis viu a esposa ir embora com o filho e mesmo se perguntando se devia ter ído atrás dela, não o fez; por que o Sr. Wilson pareceu culpado e logo foi reconhecido como inocente no caso, por que a amizade das duas meninas era tão importante que Petra sabia o que Calli queria sem ouvir a sua voz; por que o acusado do crime esteve livre de suspeitas durante o início das investigações até ser pego.

Narrativa
Com o ponto da longa descrição do passado dos personagens e a importância para o desenrolar dos casos esclarecido, outro ponto em relação a estrutura narrativa deve ser observada.

Talvez quem já leu o livro tenha notado isso rapidamente, mas não eu. Isso porque todos os personagens que contam o seu ponto de vista dos acontecimentos, tem a narrativa em primeira pessoa e Calli, a única que não falava há quatro anos, tinha sua parte da história narrada em terceira pessoa, como se alguém estivesse lendo seus lábios, observando de fora as suas reações a tudo.

E me irritei por não ter me dado conta dessa genial ideia da autora em mostrar, que como Calli ainda não havia encontrado a voz, ela não poderia contar com as próprias palavras o que aconteceu naquele terrível dia na floresta, então só se nota a mudança de narrativa no último capítulo, no epílogo, quando a menina tímida conta usando a voz perdida (em primeira pessoa), o que a fez perder a fala em primeiro lugar, o trauma de infância, o dia na floresta, o resgate de Petra, a morte de seu pai e o que aconteceu seis anos depois.

Conclusão
É sim emocionante pensar que nossas vidas, ligadas a outras tão próximas, podem mudar em algum ponto no passado para sempre. Os fracassos, os medos, as tentativas, até mesmo as oportunidades que batem em nossa porta, os traumas, a inocência corrompida em algum momento da infância, os adultos que ainda não tem a resposta, o "peso do silêncio" que causa ao longo do tempo, a ocultação de uma verdade ou a sua revelação. Assim, não foi só a voz de Calli que foi encontrada, mas uma certa força para continuar, já que a seu modo, cada personagem tinha o seu próprio mundo para habitar.

NOTE-SE:
Autor: Heather Gutenkauf
Editora: Harlequin Books
Literatura Norte-Americana

Sinopse: Aconteceu numa quieta manhã de agosto, duas famílias acordam para um pesadelo. Suas filhas sumiram na noite. Calli, com sete anos, é doce, meiga e muda. Petra, sua melhor amiga, sua alma gêmea e sua voz. Agora, estas famílias estão unidas pelo mistério do que aconteceu a suas filhas. E a solução está oculta no silêncio de seus próprios segredos.



bjs, Anne

site: http://croniannecas.blogspot.com.br/2014/03/para-dar-inicio-nova-versao-do-croni.html
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iana c. 22/02/2013

Narrativa muito arrastada, creio que isso se deva ao fato de a história ser contada por meio dos pontos de vista dos personagens principais, e a autora explorar as mesmas situações e reflexões nos personagens. O final é previsível e ainda ficam em aberto questões que simplesmente não são respondidas.
Na primeira vez em que tentei ler esse livro, eu desisti. Concluí agora, lendo-o pela segunda vez, e me esforçando bastante para não abandonar a leitura novamente... E me desapontei.
Thamyres Andrade 01/06/2016minha estante
Nossa! em meio a tantas opiniões positivas sobre esse livro, já tava me sentindo uma alien por não estar gostando tanto assim. Peguei pra ler há uns dias, já deixei de lado várias vezes e pensei em abandonar. Só não o fiz, porque tô curiosa com o desfecho, mas vontade não falta. Ainda não terminei.
Arrastado demais, peloamor!




cheledrum 20/01/2013

uma delicia
Recebi este livro pelo correio hoje, as 23hs decidi ler algumas páginas antes de dormir, mas só consegui parar agora, as 5h da manhã, ou seja, n pegue para ler se tiver que acordar cedo no dia seguinte rs...
Achei uma historia muito envolvente, apesar de achar que eu ia chorar mais.
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Clara 23/11/2012

Gosto de procurar livros na internet para comprar, e esse foi um que me chamou a atenção pelo nome e capa. O livro tem seus picos, mais o final achei meio sem graça, não achei a altura do resto do livro.
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Fer Kaczynski 08/10/2012

Um livro bem escrito e instigante, realmente não tem enrolação, esperava muito mais surpresas da estória, mas não me decepcionou, uma boa leitura!
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A2Lan 03/08/2012

A perspectiva!
Em uma temática difícil de ser explorada, em um mundo onde as palavras tem poder, a autora criou de uma forma genuína o drama da garota Calli e a sua opção, após um trauma, por deixar de usar as palavras para se comunicar. Quando o mundo a pressionava para formar palavras, ela encontra em uma amizade a sua voz, Pietra sua cara metada é a porta-voz de Calli e as duas jamais iriam imaginar que juntas enfrentariam um grande desafio pela frente, em uma floresta nos fundos de casa.

A autora foi criativa em realizar uma história de suspense/drama onde é relatada pela perspectiva de cada personagem, o ponto alto do livro foi quando a mesma cena foi relatada por 03 visões diferentes, ou seja, 03 personagens.

Um ótimo livro para quem gosta de dramas e suspenses. Não é um dos melhores que eu li, porém vale a pena ler.
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Fran 21/07/2012

Incrível!
Depois da metade do livro você não consegue mais parar de ler para descobrir os mistérios da história.
A mistura entre os acontecimentos do presente e as lembranças do passado são equilibradas, dando contexto ao enredo.
A trama é bem elaborada e prende o leitor do começo ao fim.
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Maria Carolina 28/05/2012

Um Livro angustiante e ao mesmo tempo depressivo!
O Livro e muito bem escrito e não tem enrolação, a Autora um jeito diferente de escrever, mais é muito bom gostei do jeito que ela escreve!A Autora consegue mostrar uma realidade com a ingenuidade de uma criança e a perversidade que alguns adultos tem, e a leitura flui que você nem percebe, você fica angustiada com tudo e aflita com o que possa acontecer.Eu gosto de livros tristes mais esse chegou ao extremo. Adorei os personagens e amei principalmente o Ben que menino mais fofo(Ele me lembrou meu irmão sempre tão cuidadoso comigo, e sempre disposto a me proteger). Gostei do livro e recomendo para leitura!
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LissBella 12/02/2012

“Os pés descalsos de Calli estavam feridos devido aos caminhos pedregosos e desnivelados”.
Uma narrativa diferente, sobre uma garotinha que aos 4 anos após um trauma deixa de falar, e três anos depois, é levada pelo pai no meio da noite para a floresta, sem saber o que a espera naquele lugar.

Nesta mesma noite sua melhor amiga também desaparece, e então nos veremos no meio de uma busca desesperada, a angústia das famílias e o medo do pior.

Um história envolvente, narrada pelos próprios personagens, mas sem deixar o leitor confuso nem entediado.

De presente receberemos do autor vários pequenos trechos que nos remetem à reflexão sobre família, filhos, amor...

Um belo livro. Recomendo!
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dricolina 06/01/2012

Extremamente Recomendado
Acabo de ler o livro, e eu recomendo para todos essa experiência literária. Confesso que pelo livro ter uma narrativa diferente, o começo do livro torna-se um pouco entediante, fazendo com que o leitor canse um pouco, mas as coisas se tornam mais interessantes quando a história começa a se desenrolar. O livro é extremamente emocionante e você se sente dentro dele durante a história. Você tenta também desvendar o mistério e encaixar o quebra-cabeça. O livro além de ser bastante emocionante, também é um livro muito forte. Prepare-se para "o choque" no final do livro. Recomendo para todos!
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Lela Tiemi 26/11/2011

Prepare-se para lágrimas!
Um livro que possui uma história triste e emocionante. A forma como a autora escreve é envolvente e cheia de sensibilidade. Eu me emocionei em diversos capítulos.
Cada capítulo é narrado por um personagem - esta narração é intercalada entre os integrantes da família Clark: Antonia (mãe), Griff (pai), Ben (irmão) e Calli (uma das meninas desaparecidas); e por Martin (pai de Pietra, melhor amiga de Calli e também desaparecida) e por Louis (assistente de xerife). Essas diferentes narrações deixam o livro ainda mais interessante, deixando uma sensação de ser um quebra-cabeça a ser montado além de dar um toque mais íntimo à história narrada. Conforme vai ocorrendo a investigação o passado desses personagens vão se desvendando e se encaixando com os acontecimentos atuais da história.
Fiquei com o coração apertado e por diversas vezes meus olhos ficavam embaçados durante a leitura e uma ou outra lágrima rolava. Lágrimas pelas crianças desaparecidas e pelo desespero de seus pais, lágrimas por decisões erradas que mudam toda uma vida; e, principalmente, eu chorei por saber ser tão realista uma história tão triste como esta, por a maldade ser algo tão real e tão próxima.
Percebe-se ser um livro bem dramático e para as choronas - ou os chorões - como eu, não se esqueçam dos lencinhos antes de iniciar a leitura de "O peso do silêncio"!
Rose 07/08/2010minha estante
Gostei tanto da tua resenha, que acabei add o livro as minhas leituras futuras... pois fiquei louca para ler...


Juliana ;* 30/01/2011minha estante
Quaze choro só de ler sua resenha kk'


DIRCE 16/10/2011minha estante
Oi Dani!
Tudo bem?
Excelente resenha.Pena que não fui arrebatada por esse livro como você.
Beijo grande.


Tati 07/02/2013minha estante
Dani, vc esqueceu de citar que Petra, a outra garotinha desaparecida, também narra algumas partes.




DIRCE 16/10/2011

A curiosidade matou o gato, mas eu consegui me salvar
Me sinto pouco à vontade em tecer comentários sobre um livro pelo qual, não “morri” de amores, quando a motivação que me levou à leitura , partiu das impressões de pessoas a quem respeito e tenho apreço.Mas fazer o quê? Certamente vencer meu constrangimento, e expressar a minha opinião com sinceridade.
“Calli podia contar o que aconteceu, e como fazer isso sendo muda?”
Uma das frases da resenha do Helder e , diante de tal frase, como resistir à curiosidade? Eu não consegui, porém, como diz minha mãe: a curiosidade matou o gato.
“O Peso do Silêncio” está longe de ser uma leitura tediosa, só que nada traz de novo a um tema muito explorado, um verdadeiro clichê literário: o desaparecimento de crianças, e não correspondeu a minha expectativa.
O romance se constrói por meio da narrativa oral das personagens, exceto quando se trata de Calli, pois ela, aos 4 anos de idade, se fechou em sua mudez .
Evidentemente que fio condutor é o desaparecimento de crianças. Digo crianças (no plural) porque são tidas como desaparecidas duas meninas: Calli e Petra ( a amiga e defensora de Calli).
Do início até o final o drama decorre de forma previsível.
Entretanto, se por um lado, a trama e o suspense não me provocaram apneia, eu me senti enternecida com a amizade que unia Calli e Petra, com o amor que Ben nutria por Calli ( sua irmã) muito , muito compadecida com o peso que Calli carregava dentro do seu mutismo, e também muito compadecida com o sofrimento impingido a Petra.
Como, apesar dos pesares, durante a leitura de “O Peso do Silêncio”, fui tomada por bons sentimentos e um “pisca- pisca” de alerta foi acionado me levando a refletir de como as palavras, o modo como elas são ditas, podem causar um efeito devastador em uma criança , eu não posso deixar de considerá-lo um bom livro e, assim sendo, se a curiosidade matou o gato, eu consegui me salvar.
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Carla 13/10/2011

Cansativo,mas uma boa estória
No inicio o livro é muito bom, mas no decorrer, acaba ficando cansativo. Os capítulos são divididos por personagens,o que não gosto muito. Conta muitos detalhes chatos, que nada teem haver com a estória, que por sinal é muito boa.
Conta a trajetória de uma família:uma mãe submissa, um pai alcoólatra e violento. A garotinha parou de falar ha algum tempo, e ninguém sabe o verdadeiro motivo, um dia ela some no meio da noite e sua melhor amiga também. E a partir dai a estória começa a desenrolar. Tem muita violência, achei um pouco forte, mas boa. O fim não deixou a desejar.
Recomendo!
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Helder 06/09/2011

Suspense com narrativa diferente
Este é um livro muito interessante, graças a narrativa criada pela autora, que tirou o livro do lugar comum de outros livros de suspense.
Calli é uma menina que ficou muda aos 4 anos. Numa noite ela acorda com vontade de ir ao banheiro e tenta evitar que seu pai a veja, mas não consegue. No fim, ele acaba levando-a para a floresta. Na casa ao lado, mora Petra, sua amiga, que vê duas pessoas na janela e resolve segui-los. Pela manhã, a família de Petra se desespera pois não a encontra em seu quarto. Ao procurarem por ela na casa de Calli, descobrem que a amiga também desapareceu.
Começa ai a busca pelas meninas, e o livro vai mudando de narradores. Os narradores são Calli, sua mãe, seu irmão, o assitente do Xerife e o pai de Petra.
No nosso caso, vamos conhecendo o passado dos personagens e entendendo as reações do pai de Calli e até o motivo da sua mudez.
Mas o mais interessante é o clima de tensão que vai crescendo. Nós sabemos que Calli está bem, mas também sabemos que vai acontecer alguma coisa, e também sabemos que a solução não pode ser tão óbvia.
E é esta nossa curiosidade mórbida que vai nos guiando em frente, pois na verdade até a pagina 200 não acontece nenhum crime, mas a tensão é enorme.O que vai acontecer? Que cometerá um crime?
Já depois da pagina 200, fica mais difícil ainda largar o livro. No meu caso, eu sabia quem era o criminoso e quando Calli está no hospital sendo examinada e fica desesperada no momento que seu irmão chega, isso ficou óbvio, mas somente Calli podia contar o que aconteceu, e como fazer isso sendo muda?
Livro de deixar sem fôlego, principalmente por lidar com maldades com crianças.
DIRCE 17/09/2011minha estante
Sua resenha me motivou a comprar o livro. Espero ficar sem fôlego.
Tenha um ótimo final de semana.


DIRCE 17/09/2011minha estante
Voltei.
Não encontrei A Décima Terceira História na sua Estante. Leia e faça sua resenha ( risos)


Jon O'Brien 20/02/2020minha estante
Estou lendo o livro agora... Isso foi um spoiler, Helder?


Helder 21/02/2020minha estante
Jon, fiz esta resenha há 9 anos e não lembro mais do final deste livro. Eu nunca tive costume de dar spoiler, mas sempre busquei deixar as pessoas curiosas pra lerem os livros. Leia o livro e me avise se achar mesmo que dei algum spoiler que aí eu marco aviso de spoiler por aqui.


Jon O'Brien 21/02/2020minha estante
Fechado. Obrigado!


Jon O'Brien 18/03/2020minha estante
Não se preocupe, Helder. Não é spoiler, não. PS.: também adivinhei o criminoso.




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