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Resenhas - Teologia do Antigo Testamento
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Lucas 08/12/2021
Eugene H. Merrill - Teologia do Antigo Testamento - RESENHA
Teologia do Antigo Testamento, de Eugene Merrill, é um material incrivelmente bom de teologia bíblica (não, “teologia bíblica” não significa “teologia verdadeira” ou “bem feita” ou “com base bíblica” – na verdade, esse é o nome de uma disciplina teológica, ao lado da Teologia Sistemática, Teologia Histórica e várias outras. Se nunca ouviu falar, pesquise um pouco a respeito.
Merrill fez um trabalho realmente muito interessante, não apenas pela competência exegética e pela confessionalidade latente, mas pela forma como estruturou o livro.
Sua teologia bíblica, nos primeiros blocos do livro, são organizadas (pasme) por temas. Isso a deixou bastante palatável pra quem está acostumado com teologia sistemática (o que ela chega a lembrar bastante). A proposta do livro, nos primeiros capítulos, é apresentar temas da teologia sistemática em forma de teologia bíblica. Se não faz ideia de como seria isso (e eu também não fazia), leia este livro!
O primeiro capítulo é um apanhado histórico e explicativo sobre a teologia do AT.
O capítulo dois começa o que eu disse acima, com a apresentação exegética das seguintes doutrinas: a natureza de Deus (soberania, onipotência, onisciência, eternidade) e o caráter de Deus (santidade, retidão, justiça, amor, piedade, graça, compaixão, fidelidade, confiabilidade, ira, perdão). Basicamente, os atributos de Deus.
O capítulo 3 continua na mesma proposta, tratando da revelação, abordando os seguintes assuntos, à luz do AT: visões e sonhos, o anjo de Iavé, nomes divinos, profetas, sinais e sorte.
O capítulo 4 trata das obras de Deus: criação, julgamento, salvação e redenção. O 5, dos propósitos de Deus, com bastante ênfase no período do reino de Israel. O capítulo 6 volta-se para a antropologia bíblica: a criação da humanidade, seu propósito, as narrativas, a imagem de Deus, a natureza humana. O capítulo 7 vai muito fundo na doutrina da Queda, enquanto o capítulo 8 traz o tema da redenção da humanidade.
No capítulo 9, vários assuntos que foram recorrentes começam a voltar, mas dessa vez através de outros aspectos. A ênfase é na doutrina do Reino de Deus.
O capítulo 10 é sobre Deus e sua relação com o mundo, do início ao fim do AT, passando detalhadamente por vários profetas. O capítulo 11, voltando à abordagem inicial, trata de cada um dos 10 mandamentos, da aliança e do cerimonial hebraico.
Nos capítulos 12 e 13, o autor volta mais uma vez ao início da Bíblia para, a partir de lá até o final do AT, tratar dos temas fundamentais de cada bloco da Bíblia. Nos capítulos de 14 a 17, é a vez de cada um dos profetas ganhar destaque e ter, exegeticamente, sua ênfase abordada.
Os capítulos 18 e 19 dão um passo atrás e tratam da teologia dos salmos e dos demais livros de sabedoria para, no capítulo 20 (final), termos uma riquíssima seção mais técnica, sobre premissas teológicas, método e centro teológico, e a relação do AT com o NT.
O livro é enorme, mas não é cansativo. E para quem sabe a diferença entre uma teologia sistemática e uma teologia bíblica, ele certamente será uma surpresa ainda maior!
site: https://editoramentecrista.com/teologia-do-antigo-testamento-de-eugene-merrill-resenha/
Eugene H. Merrill - Teologia do Antigo Testamento - RESENHA
Teologia do Antigo Testamento, de Eugene Merrill, é um material incrivelmente bom de teologia bíblica (não, “teologia bíblica” não significa “teologia verdadeira” ou “bem feita” ou “com base bíblica” – na verdade, esse é o nome de uma disciplina teológica, ao lado da Teologia Sistemática, Teologia Histórica e várias outras. Se nunca ouviu falar, pesquise um pouco a respeito.
Merrill fez um trabalho realmente muito interessante, não apenas pela competência exegética e pela confessionalidade latente, mas pela forma como estruturou o livro.
Sua teologia bíblica, nos primeiros blocos do livro, são organizadas (pasme) por temas. Isso a deixou bastante palatável pra quem está acostumado com teologia sistemática (o que ela chega a lembrar bastante). A proposta do livro, nos primeiros capítulos, é apresentar temas da teologia sistemática em forma de teologia bíblica. Se não faz ideia de como seria isso (e eu também não fazia), leia este livro!
O primeiro capítulo é um apanhado histórico e explicativo sobre a teologia do AT.
O capítulo dois começa o que eu disse acima, com a apresentação exegética das seguintes doutrinas: a natureza de Deus (soberania, onipotência, onisciência, eternidade) e o caráter de Deus (santidade, retidão, justiça, amor, piedade, graça, compaixão, fidelidade, confiabilidade, ira, perdão). Basicamente, os atributos de Deus.
O capítulo 3 continua na mesma proposta, tratando da revelação, abordando os seguintes assuntos, à luz do AT: visões e sonhos, o anjo de Iavé, nomes divinos, profetas, sinais e sorte.
O capítulo 4 trata das obras de Deus: criação, julgamento, salvação e redenção. O 5, dos propósitos de Deus, com bastante ênfase no período do reino de Israel. O capítulo 6 volta-se para a antropologia bíblica: a criação da humanidade, seu propósito, as narrativas, a imagem de Deus, a natureza humana. O capítulo 7 vai muito fundo na doutrina da Queda, enquanto o capítulo 8 traz o tema da redenção da humanidade.
No capítulo 9, vários assuntos que foram recorrentes começam a voltar, mas dessa vez através de outros aspectos. A ênfase é na doutrina do Reino de Deus.
O capítulo 10 é sobre Deus e sua relação com o mundo, do início ao fim do AT, passando detalhadamente por vários profetas. O capítulo 11, voltando à abordagem inicial, trata de cada um dos 10 mandamentos, da aliança e do cerimonial hebraico.
Nos capítulos 12 e 13, o autor volta mais uma vez ao início da Bíblia para, a partir de lá até o final do AT, tratar dos temas fundamentais de cada bloco da Bíblia. Nos capítulos de 14 a 17, é a vez de cada um dos profetas ganhar destaque e ter, exegeticamente, sua ênfase abordada.
Os capítulos 18 e 19 dão um passo atrás e tratam da teologia dos salmos e dos demais livros de sabedoria para, no capítulo 20 (final), termos uma riquíssima seção mais técnica, sobre premissas teológicas, método e centro teológico, e a relação do AT com o NT.
O livro é enorme, mas não é cansativo. E para quem sabe a diferença entre uma teologia sistemática e uma teologia bíblica, ele certamente será uma surpresa ainda maior!
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